sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Na Uefs: Ciro Gomes diz que vai "destruir politicamente Michel Temer e o PMDB"



foto:Acorda cidade/reprodução

'Vou destruí-los politicamente', diz Ciro Gomes sobre PMDB e Michel Temer em evento na Uefs
foto:Acorda cidade/reprodução



O ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes participou como palestrante de um evento na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), na noite de quarta-feira (1), com o tema ‘O atual cenário político e econômico brasileiro’. Em entrevista ao Acorda Cidade, ele falou sobre o que os brasileiros podem esperar de mudanças até 2018 e para o período pós-eleições. Além disso, caso seja candidato à presidência da República no próximo ano, ele disse que pretende destruir politicamente o governo atual.


“O PMDB e essa quadrilha liderada pelo Michel Temer vai ser oposição ao meu governo e vou partir pra cima deles para destruí-los politicamente. O Brasil está num péssimo momento. Uma crise de muitos rostos, uma crise econômica que tem hoje 3,3 milhões de desempregados, 10 milhões de brasileiros empurrados para a informalidade, 61 mil homicídios nos últimos meses, e diante desse drama todo, a população olha para a política e o que lhe vem todo dia é a notícia infame e mal cheirosa da roubalheira”.

De acordo com Ciro Gomes, o país atualmente está desencantado com a política e não faltam razões pra isso. No entanto, ele destacou que a solução para os problemas da sociedade continua na política.

“A humanidade não conseguiu ainda desenvolver uma máquina, um computador, que seja capaz de substituir a política como um mecanismo único de resolver os problemas. Portanto, do preço do feijão, à passagem de ônibus, a qualidade da saúde, a condição da Segurança Pública, a aposentadoria, os salários, tudo isso é a política que resolve pra o bem ou pro mal. Estamos vivendo um momento péssimo, nosso povo está muito sofrido, mas é preciso que a gente levante a cabeça”, afirmou.

Ao lado do presidente do PDT na Bahia, Mendonça Filho, o ex-ministro disse que depende apenas de uma decisão do partido para se candidatar à presidência do Brasil em 2018. Ele justificou ainda a declaração de que os eleitores do deputado Jair Bolsonaro seriam seus eleitores e afirmou que apesar da escalada de Bolsonaro nas pesquisas, falta experiência ao político.

“Existe uma parte dos eleitores dele que são facistas, que eu não quero, nem eles me querem. Porém há uma turma ali muito grande de jovens, que estão procurando no Bolsonaro decência, autoridade, pulso firme contra a violência e esse cara sou eu, porque eu já fui experimentado, já governei, e o Bolsonaro precisa treinar um pouco”.

Ciro Gomes se defendeu ainda das acusações de que é um político machista, por ter declarado que a política vive um momento de muita 'testosterona' e disse que em 38 anos de vida pública nunca respondeu a um inquérito. “Não podem dizer que sou incompetente, pois fui o governador melhor avaliado do país e prefeito de capital melhor avaliado do país; vão sempre querer inventar pra tentar tirar a confiança do povo”.

Pesquisas eleitorais

O ex-ministro declarou que não se preocupa com as pesquisas atuais de intenção de voto, pois elas são muito instáveis.

“Eu não estou preocupado com isso agora. Pesquisa é um quadro do momento completamente instável. Por exemplo, o Lula é ou não é candidato? Que resistência tem o Bolsonaro, com a inexperiência e a falta de estrutura dele? Que brigas internas estão fazendo no PSDB? Então é tudo muito provável e muito precário. Pra março realmente o debate começa e não vão se inventar candidatos. Serão quatro ou cinco, que vão começar a corrida, de forma muito desigual, mas muito rapidamente isso muda”, acrescentando que não vê Marina e Lula como candidatos no próximo ano.



Fonte:Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade. 

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