foto:reprodução/BNews
atualizada em 07/05/19 - 10:54min.
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O ex-comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Villas Bôas avalia que o guru intelectual do governo Jair Bolsonaro, o autointitulado filósofo Olavo de Carvalho, “passou do ponto”. Em entrevista publicada na manhã desta terça-feira pelo jornal O Estado de São Paulo, Villas Bôas disse que Olavo está agindo com “total desrespeito aos militares e às Forças Armadas” e “presta enorme desserviço ao País”.
Para o General, Bolsonaro entendeu que trazer representantes do exército para trabalhar em seu governo seria importante para restabelecer a "capacidade de gestão" e combater a corrupção. Na sua avaliação, isso não significa que as Forças Armadas estão participando do governo, mas agregando seus valores à atual gestão. Villar Bôas acredita que essa influência faz com que o guru se sinta “desprestigiado”, o que têm provocado disputas por espaço com os militares, junto à Presidência da República.
"Isso não dá direito a ele de traçar comentários desairosos a toda uma classe profissional, que representa uma instituição", afirmou. O General também classificou como "grave" a forma como Olavo já se referiu a membros do governo, como o Vice-presidente, General Antônio Mourão e o ministro da Secretaria de Governo, General Santos Cruz. Ele também acredita que rebater a ataques como este seria como "dar a ele a importância e a relevância que não tem e não merece".
Na manhã desta terça-feira voltou a usar seu perfil no Twitter para hostilizar Santos Cruz, e subestimar a capacidade intelectual de membros do exército. "Tento me imaginar discutindo filosofia política com um desses generais. É mais fácil treinar artes marciais com um bicho-preguiça", ironizou.
Olavo
Após ter recebido críticas do general Eduardo Villas-Bôas, o guru intelectual de Jair Bolsonaro (PSL), Olavo de Carvalho, rebateu e disse que o militar é "um doente preso a uma cadeira de rodas".
“Há coisas que nunca esperei ver, mas estou vendo. A pior delas foi altos oficiais militares, acossados por afirmações minhas que não conseguem contestar, irem buscar proteção escondendo-se por trás de um doente preso a uma cadeira de rodas.
Nem o Lula seria capaz de tamanha baixeza", postou em suas redes sociais.
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