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O presidente Jair Bolsonaro receberá no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira 8, Maria Joseíta Silva Brilhante Ustra, viúva do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra – reconhecido pela Justiça como torturador da ditadura militar. O encontro consta na agenda oficial da Presidência e está marcado para as 12h, mas não foram detalhados os objetivos da reunião.
Bolsonaro já citou o livro de memórias de Ustra, “A Verdade Sufocada – A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça” como uma referência. Na obra, o falecido coronel relata as experiências como chefe do DOI-CODI, órgão de repressão do governo militar. Morto em 2015, ele está entre os nomes apontados pela Comissão Nacional da Verdade (CMV) como responsáveis por crimes no período.
Em 2016, quando era deputado federal, o hoje presidente mencionou Ustra na votação no processo de impeachment de Dilma Rousseff, que foi torturada durante a ditadura. “Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff (…), o meu voto é sim”, disse Bolsonaro em seu discurso.
Recentemente, o presidente se envolveu em nova polêmica ao questionar crimes cometidos pela ditadura militar. Na última semana, disse que Fernando Santa Cruz, o pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, foi morto por grupos de esquerda naquele período.
Um órgão do governo, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, porém, reconhece que o óbito de Fernando, em 1974, ocorreu “em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado Brasileiro”. Informações do Estadão.
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