terça-feira, 10 de agosto de 2021

Câmara rejeita voto impresso em 1º turno

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, faz pronunciamento à imprensa, no Salão Verde da Câmara dos DeputadosHugo Barreto/Metrópoles

Por 218 votos contrários e 229 votos a favor, a Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira (10/8), em votação de primeiro turno, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a adoção do voto impresso.

Para tentar reverter votos em Plenário, a autora da PEC, deputada Bia Kicis (PSL-DF), pediu para que seus colegas deputados não encarassem a proposta como um desejo pessoal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e sim do eleitor brasileiro. A fala da deputada reconheceu que a defesa do voto impresso feita pelo presidente só prejudicou o andamento da matéria.

“O rumo o debate foi completamente desvirtuado”, reclamou a deputada. “Essa não é a PEC do presidente Bolsonaro. Essa não é a minha PEC. Por isso eu gostaria de despolitizar essa discussão”, propôs.

O líder do PSL na Câmara, Major Vitor Hugo (GO), chegou a pedir mais tempo – cinco sessões – para o governo tentar arregimentar mais votos. No entanto, não conseguiu apoio para o adiamento da votação.

“Viemos aqui para pedir mais tempo para que possamos reverter mais votos. Sabemos que estamos em vias de obter os 308 votos par aprovar o voto impresso e talvez umas duas ou três sessões vão nos permitir presentear o Brasil com essa PEC”, apelou o deputado.

Essa auditoria foi pedida pelo PSDB quando Dilma Rousseff (PT) venceu o então candidato tucano ao Planalto, Aécio Neves (MG).

“Eu precisava vir aqui dizer isso. Não tenho mais dúvidas da segurança do sistema”, ressatou Sampaio.

Diante do acirramento dos discursos de ambos os lados, Lira apelou para que os deputados não apontassem a votação como uma derrota ou vitória para o presidente Bolsonaro. “Eu só faço um apelo para que nessa matéria seja votada em benefício da população e que não tenha vencedores nem vencidos”, disse o presidente da Câmara.

Ex-líder e ex-presidente do PSDB, Carlos Sampaio coordenou o único pedido de auditoria feito ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ocupou a tribuna para dizer que, na época, tinha dúvida sobre a segurança do sistema. Porém, após a auditoria feita, se convenceu de que o sistema é seguro.

Fonte:  Metrópoles - 10/08/2021 22h:10min.


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