Assim, o magistrado determinou a abertura de uma nova frente de investigação contra o chefe do Executivo no 

inquérito das fake news.

Na semana passada, já havia decidido incluir o presidente como investigado devido à transmissão de uma live 

em que prometia comprovar as fraudes nas urnas eletrônicas, mas, ao final, apresentou apenas um compilado 

de notícias fraudulentas já desmentidas pelo TSE.

Nesta quinta-feira (12), a decisão do ministro foi uma resposta à notícia-crime assinada por todos os sete

 ministros do TSE e enviada na última segunda (9) ao STF.

Os integrantes da corte solicitaram a apuração contra o chefe do Executivo e contra o deputado Filipe Barros

 (PSL-PR) por "possível conduta criminosa".

O processo foi motivado por uma publicação de Bolsonaro nas redes sociais feita logo após ele ter afirmado em 

,entrevista a um programa da rádio Jovem Pan que comprovaria a fraude nas urnas eletrônicas.

O presidente disse que o inquérito da PF seria uma das provas de que as urnas são fraudáveis. Um dia depois, 

porém, o TSE desmentiu a versão de Bolsonaro e disse que o episódio, que ocorreu em 2018, "embora objeto

 de inquérito sigiloso, não se trata de informação nova".

Também nesta quinta, o ministro Dias Toffoli cobrou do procurador-geral da República, Augusto Aras,

 uma manifestação sobre as alegações de Bolsonaro de que houve fraudes nas eleições de 2018.

O presidente já admitiu que não tem como provar as acusações que faz ao sistema eleitoral, mas tem insistido

 que o pleito vencido por ele foi fraudado.

Fonte: FOLHA S. PAULO - 12/08/2021 19h:15min.