O influenciador Renato Cariani, alvo de operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta terça-feira (12/12), bloqueou os comentários de internautas nas redes sociais. Mesmo assim, a medida não impediu um massacre de críticas em postagens mais antigas, feitas após a ação da PF.
A restrição foi adotada no vídeo em que se pronuncia sobre as acusações de desvio de produtos químicos para produção de crack e cocaína pela indústria da qual é sócio. A postagem anterior, no entanto, contava com mais de 34 mil comentários nesta terça-feira, milhares deles atacando o influenciador.
“Fazer vídeo tentando explicar e trancar os comentários é fácil. Quem não deve não teme”, diz um dos comentários, fazendo referência ao posicionamento político de Cariani.
“Suplemento que faz emagrecer mesmo! A prova disso está na cracolância”, ironizou outro internauta. “O mesmo que comemora quando a polícia entra na favela e m4t4 pobres, fornece crack”, acusou.
Por outro lado, muitos seguidores também defenderam influenciador e pediram cautela quanto as investigações. “É a Polícia Federal quem vai dizer o que aconteceu, Cariani. Vamos aguardar. Sem precipitações”, afirmou um internauta.
Renato Cariani chegou a ter sua prisão solicitada pela PF. O pedido, porém, foi negado pela Justiça. Segundo as investigações, a empresa do influenciador, a Anidrol, estava envolvida em um esquema de emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas para vender produtos químicos em São Paulo.
As empresas usavam “laranjas” que faziam depósitos em espécie como se fossem funcionários de grandes multinacionais — e vítimas que figuraram como compradoras. O esquema teria conseguido comprar cerca de 12 toneladas de produtos químicos cuja combinação corresponde a mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo.
No vídeo divulgado nesta terça, Cariani diz que já acionou seus advogados para tomar conhecimento das acusações. “Meus advogados agora vão dar entrada, pedindo pra ver esse processo. E, aí sim, eu vou entender o que consta nessa investigação. Eu sofri busca e apreensão porque eu sou um dos sócios. Então, todos os sócios sofreram busca e apreensão”, disse o influenciador.
“Uma dessas empresas da qual eu sou sócio, que é a empresa que está fazendo investigação, ela foi fundada em 1981. Então, ela tem mais de 40 anos de história. É uma empresa onde a minha sócia, com 71 anos de idade, ainda é a grande administradora, a grande gestora da empresa e quem conduz a empresa. Uma empresa de sede própria, que tem todas as licenças, todas as certificações nacionais e internacionais, que trabalha totalmente regulada”, garantiu Cariani.
Fonte: Metrópoles - 12/12/2023
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