sábado, 16 de dezembro de 2023

Câmera: Somente 2 deputados da bancada baiana votaram contra a Reforma Tributária

                                                   

Capitão Alden do PL -Foto:Câmera Federal/reprodução
                                                         Roberta Roma - PL  - Foto:Câmera Federal/reprodução


A aprovação da Reforma Tributária proposta pelo governo Lula em 1º turno e 2º turno na Câmera Federal ontem(15) teve apoio maciço dos deputados que compõem a bancada baiana no Congresso.  

Dos 39 deputados, apenas os deputados: Capital Alden e Roberta Roma, ambos do PL, votaram contra.

 Estiverem ausentes: José Rocha do União da votação no 1º turno.  

Já no segundo turno, estiverem ausentes, os deputados Jorge Solla( PT) e João Carlos Bacelar ( PL ) e Leur Lomanto Jr. (União)

  1º TURNO E 2º TURNO:  

Adolfo VianaPSDBBASim
Alex SantanaRepublicanosBASim
Alice PortugalPCdoBBASim
Antonio BritoPSDBASim
Arthur O. MaiaUnião BrasilBASim
BacelarPVBASim
Capitão AldenPLBANão
  
Charles FernandesPSDBASim
Claudio CajadoPPBASim
Dal BarretoUnião BrasilBASim
Daniel AlmeidaPCdoBBASim
Diego CoronelPSDBASim
Elmar NascimentoUnião BrasilBASim
Félix Mendonça JrPDTBASim
Gabriel NunesPSDBASim
Ivoneide CaetanoPTBASim
João LeãoPPBASim
João Carlos BacelarPLBASim - 1º turno
   obs: Ausente  no 2º turno
Jorge SollaPTBASim -1º turno
obs: Ausente no 2º turno
José RochaUnião BrasilBA                    Ausente no 1º turno e  votou SIM no     2º turno   


Joseildo RamosPTBASim
Josias GomesPTBASim
Leo PratesPDTBASim
Leur Lomanto Jr.União BrasilBASim - 1º turno e Ausente no 2º turno
Lídice da MataPSBBASim
Márcio MarinhoRepublicanosBASim
Mário Negromonte JPPBASim

Neto CarlettoPPBASim
Otto Alencar FilhoPSDBASim
Pastor IsidórioAvanteBASim
Paulo AziUnião BrasilBASim
Paulo MagalhãesPSDBASim
Raimundo CostaPodemosBASim
Ricardo MaiaMDBBASim
Roberta RomaPLBANão
Rogéria SantosRepublicanosBASim
Valmir AssunçãoPTBASim
Waldenor PereiraPTBASim
Zé NetoPTBASim




fONTE: *Nomes sem votos representam ausências
**A lista foi fornecida pela Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados, e não sofreu alterações. Nomes dos parlamentares estão grafados conforme registrado na Secretaria-Geral
Criado com Datawrapper

O QUE FOI APROVADO:

A reforma tributária unificará os impostos brasileiros sobre consumo e serviços, em um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual. Atualmente, cinco tributos são cobrados na área de serviço e comércio:

  • Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
  • Programa de Integração Social (PIS);
  • Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
  • Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); e
  • Imposto Sobre Serviços (ISS).

Com a reforma, serão criados a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) para substituir o IPI, PIS e Cofins, no âmbito federal; e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) para unir o ICMS e o ISS, com gestão dos Estados e dos municípios.


No entanto, os cinco impostos só serão substituídos pelo CBS e pelo IBS em 2032. A transição começa em 2026, com a criação dos dois novos impostos. De forma gradual, o CBS e o IBS começarão a ser cobrados ao mesmo tempo em que os outros deixam de ser cobrados.

Além disso, com a reforma a cobrança de impostos passará a ser feita no destino da mercadoria ou serviço e não mais na origem. Essa transição será mais longa, durando de 2029 a 2077, ou seja, cerca de 50 anos.

Nova carga tributária

Um dos pontos mais importantes da reforma tributária é quanto será pago de imposto. A definição das alíquotas não foi inserida na emenda à Constituição. A definição virá por meio de lei complementar, que deve ser discutida no primeiro semestre de 2024.

No entanto, a PEC já indica que haverá quatro níveis de alíquotas no novo sistema tributário brasileiro:

  • alíquota geral: paga pela maior parte dos setores da economia, sem nenhum tipo de desconto;
  • alíquota reduzida em 60%: paga por setores considerados estratégicos, como saúde, educação, transporte público, produto e insumos agropecuários, etc;
  • alíquota reduzida em 30%: paga por profissionais liberais, como advogados, engenheiros e médicos, por exemplo;
  • alíquota zero: isenção para produtos básicos, da cesta básica.

Apesar do percentual de imposto que será cobrado como alíquota geral – e consequentemente quanto será para os outros – ainda não ter sido definido, os congressistas buscaram limitar o crescimento de impostos no Brasil. Para isso, aprovaram um limite para a carga tributária brasileira.

O limite para a carga será definido em um percentual do Produto Interno Bruto. Ou seja, o quanto de impostos os brasileiros pagam não poderá exceder uma certa proporção do PIB. Para chegar a esse percentual, haverá um cálculo matemático que considerará a média da receita de arrecadação de 2012 a 2021 em sua proporção do PIB. Esse será o chamado Teto de Referência.

Esse modelo é diferente de criar um limite para a alíquota geral, que será paga no comércio e serviços. A alíquota pode ser numericamente maior ou menor do que registrada em um ano, dependendo do desempenho da economia brasileira. Com o PIB alto, a proporção do que pode ser a carga tributária cresce. Agora, em momentos de desaceleração da economia, a proporção também cai para manter a carga a mesma.

O mecanismo de controle indica que se a arrecadação de impostos aumentar além do limite, a alíquota será reduzida no ano seguinte para evitar que a carga cresça.

Cesta Básica Nacional e cashback

Do ponto de vista social, a reforma tributária do comércio e de serviços não será o principal impulsionador de justiça tributária, ou seja, um sistema no qual os mais ricos pagam efetivamente mais impostos que os mais pobres. A justiça tributária deve ser impulsionada com a reforma do Imposto de Renda, que deve ser a próxima a ser enviada pelo governo.

No entanto, a PEC atual também tem iniciativas nesse sentido. Uma delas é a criação da Cesta Básica Nacional, com o objetivo de combater à fome. Itens básicos para a alimentação dos brasileiros terão alíquota zero. A isenção de impostos considerará as diferenças regionais para a lista de produtos.

Além disso, as famílias mais pobres terão o imposto pago devolvido no que diz respeito à energia elétrica e ao gás de cozinha, o chamado cashback.

Assim como os itens da cesta, como serão indicados os beneficiários do cashback e qual será a porcentagem para o retorno de impostos só devem ser definidos por lei complementar a ser discutida no primeiro semestre de 2024.


Fonte: CONGRESSO EM FOCO c/adaptações 16/12/2023

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