247 - Desde janeiro de 2023, o governo brasileiro tem conquistado importantes avanços no campo da diplomacia comercial, abrindo as portas para o agronegócio nacional em 105 novos mercados distribuídos em 50 países ao redor do mundo. Essa significativa expansão ocorreu sem o fechamento de nenhum mercado para o Brasil no mesmo período, informa o jornal O Globo.
Segundo Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), esses novos mercados não apenas representam a ampliação do comércio, mas também incluem locais que antes não importavam produtos brasileiros. Perosa ressalta que a retomada de uma diplomacia eficaz facilita a abertura de novos mercados, e um dos trunfos do Brasil é sua excelência no controle fitossanitário, aspecto fundamental para a exportação de alimentos.
Entre as prioridades destacadas pelo secretário estão o Sudeste Asiático e os países africanos. Ele destaca que a volta do Brasil ao cenário internacional facilitou as negociações com parceiros estrangeiros, permitindo acesso a mercados de diferentes tamanhos. Perosa enfatizou especialmente a abertura do mercado mexicano para a carne suína brasileira, considerando-a uma vitória de grande relevância.
Dentre os produtos brasileiros que ganharam novos mercados estão o algodão para o Egito, carnes bovina e suína para Cingapura, suco de açaí para a Índia, frango para Israel e Argélia, mamão para o Chile, arroz para o Quênia, pescados para Austrália, Egito e África do Sul, ovos para a Rússia, e café verde para a Zâmbia.
Apesar da importância dessas conquistas, o impacto delas na balança comercial ainda não foi calculado, informou o secretário. No entanto, dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior revelam que as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram o recorde de US$ 166,5 bilhões no ano passado, representando um aumento de US$ 7,7 bilhões em relação a 2022.
Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), destaca a interação entre o setor privado e o governo na definição das prioridades de missões internacionais, o que tem sido fundamental para a abertura desses novos mercados. Santin lembra que o comércio internacional é um jogo de mão dupla e que é necessário permitir também que outros países exportem para o Brasil.
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