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A Polícia Federal indiciou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) por crimes de corrupção passiva e peculato (desvio de recursos públicos). Também foi indiciado o “irmão de consideração” de Cláudio Castro, Vinícius Sarciá, sob acusação desses mesmos delitos.
O governador é suspeito de envolvimento em um esquema que funcionava quando ele ainda era vereador e vice-governador do Rio. A informação foi dada em primeira mão pelo jornalista Aguirre Talento, do UOL, e confirmada pelo ICL Notícias.
O relatório do caso foi enviado pela PF ao Superior Tribunal de Justiça no início deste mês e está sob sigilo. O ministro Raul Araújo, relator do caso, encaminhou o material para a PGR (Procuradoria-Geral da República) analisar se há elementos suficientes para apresentar denúncia ou se pede diligências complementares.
Para a PF, as provas colhidas ao longo da apuração indicam que Castro teria recebido propina e atuado no desvio de recursos de programas do governo.
Em dezembro do ano passado, a polícia chegou a cumprir mandados de busca e apreensão para aprofundar a apuração sobre possíveis fraudes em programas assistenciais do estado. Um dos alvos foi Vinícius Sarciá.
“Foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de R$ 70 milhões”, afirmou então a PF.
Castro é o sétimo governador do RJ indiciado
Na operação a PF apreendeu R$ 128 mil e US$ 7,5 mil (total de R$ 160 mil) em espécie na casa de Sarciá, e parte do dinheiro estava em caixa de remédios. Também foram apreendidas diversas anotações e planilhas com nomes, valores e porcentagens. A defesa dele disse que o dinheiro está declarado na Receita.
O pai de Cláudio Castro se casou com a mãe de Vinícius Sarciá, por isso eles cresceram juntos. No governo Castro, ele foi nomeado para trabalhar na Agência de Fomento do Rio, mas deixou o cargo depois de se tornar alvo da PF.
Com o indiciamento, Castro se torna mais um governador do Rio acusado formalmente de corrupção pela Polícia Federal. Seus antecessores no cargo —Moreira Franco, Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho, Wilson Witzel, Luiz Fernando Pezão e Sergio Cabral— também foram acusados de crimes de corrupção.
Fonte: ICL NOTÍCIAS - 30/07/2024
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