Em reunião fechada nesta quinta-feira com o presidente da China, Hu Jintao, e com o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que uma possível sanção ao Irã por conta do programa nuclear daquele país não é a solução para o impasse. A informação foi dada pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
"(Na reunião) Houve troca de ideias sobre como está indo o processo, a melhor maneira de encontrar uma solução pacífica e negociada. A convicção que nós temos é de que ainda é possível tentar e a nossa impressão é que a visão deles sobre a eficácia das sanções é muito discutível, da mesma maneira que achamos que as sanções normalmente atingem as pessoas mais fracas e vulneráveis, e não os dirigentes. E que por isso temos intenção de continuar, na medida em que haja possibilidade, a tentar uma solução negociada e pacífica, o que exige, naturalmente, flexibilidade do lado iraniano", afirmou.
Segundo Amorim, outro ponto defendido por Lula na reunião com os chefes de estado chinês e indiano é a transparência e flexibilidade das ações iranianas.
"É muito importante que o governo do Irã revele flexibilidade nesse tema, porque desejamos que o Irã tenha direito ao seu programa nuclear para fins pacíficos, mas também é importante que a comunidade internacional se sinta confortável de que esse programa não tenha fins militares", disse. Informações de Luciana Cobucci do portal Terra.
Foto:Ricardo Stuckert/PR/Divulgação
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