quinta-feira, 15 de abril de 2010

Copa do Brasil: Vitória do Palmeiras em cima do Atlético Paranaense com muita polêmica em SP


A vitória do Palmeiras por 1 a 0 sobre o Atlético-PR, no jogo de ida pelas oitavas de final da Copa do Brasil, foi ofuscada pela confusão entre os zagueiros Manoel e Danilo. O primeiro, atleta do Furacão, deixou o Palestra Itália na noite desta quinta-feira acusando o alviverde racismo, isso depois de os dois terem se estranhado e trocado agressos no primeiro tempo. Em uma disputa de bola, Manoel teria dado uma cabeçada em Danilo, que revidou cuspindo no rosto do adversário (assista ao lance no vídeo ao lado). No intervalo, o defensor rubro-negro deixou o campo dizendo que havia acontecido um "lance normal de jogo", mas adotou outro discurso ao fim do duelo, já nos vestiários. Segundo ele, foi chamado de "macaco"

- Ele cuspiu em mim e depois me chamou de macaco - disse Manoel ao site Gazeta do Povo.

A diretoria do clube paranaense deixou o estádio diretamente para o 23º Distrito Policial, no bairro das Perdizes, para registrar Boletim de Ocorrência. Ocimar Bolicenho, diretor de futebol, confirmou a versão do seu jogador e disse que todas as medidas cabíveis serão tomadas.

- Ele não só cuspiu na cara do Manoel, com também o chamou de macaco. Esse rapaz sempre que joga contra o Atlético tem atitudes estranhas - disse o dirigente, lembrando que Danilo já vestiu a camisa do Furacão. - Vamos até as últimas consequências. É inadmissível uma coisa assim acontecer nos dias de hoje.

Danilo deixou o estádio palmeirense sem falar com a imprensa. Savério Orlandi, diretor de futebol do Palmeiras, disse que conversou com o atleta nos vestiários, logo depois da partida. O dirigente afirmou que viu o lance da cusparada pelas imagens da TV e que, a partir desta sexta-feira, já começará a armar a defesa do camisa 23. Sobre as ofensas a Manoel, Orlandi afirmou que o zagueiro palmeirense, negou qualquer tipo de agressão verbal.

- Assisti ao lance na TV e acredito que o Paulo Schmidt (procurador geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pedirá as imagens (pela cusparada). Quanto ao racismo, conversei com o Danilo, e ele negou. Estão tentando criar um clima de animosidade para a próxima partida, sendo que a decisão da vaga ainda está aberta – explicou Orlandi.

O técnico Antônio Carlos Zago procurou evitar comentários sobre o caso. Em 2006, quando ainda jogava e defendia o Juventude, foi suspenso por ofensa de racismo contra o volante Jeovânio, do Grêmio. Na época, ele recebeu punição por um gesto que fez ao sair de campo, após ser expulso.

Não sei o que aconteceu, então é difícil falar alguma coisa. Vamos ver amanhã (sexta-feira) o que pode ter acontecido e aí sim tomar uma posição. O mais importante foi a demonstração de empenho dos jogadores, em relação aos jogos passados, para conseguir a vitória – despistou Zago.
Fonte:Globoesporte.com
Imagem:Reprodução -Sportv

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