No Twitter, Eduardo escreveu que a atual posição brasileira sobre a organização libanesa é vergonhosa. “Essa questão do Hezbollah envergonha o Brasil no exterior. Temos que mudar essa realidade o quanto antes. Desconheço argumentos plausíveis que justifiquem considerar o grupo terrorista Hezbollah como partido político.”
Nesta segunda-feira 19, o governo paraguaio classificou o movimento como grupo terrorista e anunciou medidas para controlar o que chamou de financiamento de atividades terroristas a partir do seu território. Relatórios de inteligência do país apontam vínculos do movimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) no Brasil.
Em julho deste ano, a Argentina se tornou o primeiro país latino-americano a classificar o movimento como terrorista. O anúncio coincidiu com a ida do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, à capital Buenos Aires. A Arábia Saudita, comandada pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, também faz a mesma acusação.
Para o Brasil, o alinhamento a esta posição pode provocar reveses nas relações diplomáticas com o Irã. O país é aliado ao movimento e cliente de produtos brasileiros, chegando a importar mercadorias na faixa de 2,5 bilhões de dólares anualmente. Rússia e China também não reconhecem o grupo como terrorista.
A palavra “Hezbollah” significa, em árabe, “Partido de Deus”, e dá nome a um movimento social e político xiita, com representação no governo libanês. É conhecido no Oriente Médio por ser uma organização crítica aos Estados Unidos.
Em fevereiro deste ano, o secretário-geral do movimento, Seyed Hasan Nasrallah, elogiou o governo iraniano por resistir contra as pressões americanas e saudou o que chamou de independência política do país. “O grande povo do Irã é o principal arquiteto da Revolução Islâmica, e o aniversário da vitória da revolução é o dia do Irã e de todos os iranianos”, afirmou.
fonte: Carta Capital/reprodução 18/08/19
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