O presidente do Brasil, ao
longo de sua carreira politica, disputou nove pleitos eleitorais em 30 anos, ou
seja, entre o ano de 1988 a 2018, destes apenas três não foram pelo sistema de
urna eletrônica implantado no país em 1996: em 1988, sua primeira eleição para
vereador pela cidade do Rio de Janeiro, e posteriormente em 1990 e 1994, para
Deputado Federal pelo Estado do Rio.
Ao retornar os ataques contra
o sistema eleitoral vigente, Bolsonaro está usando e constrangendo a respeitosa
Forças Armadas deste país, e só reafirma a necessidade de criar fatos e
narrativas para serem exploradas pelos seus seguidores e admiradores num
eventual fracasso na eleição; ao questionar as urnas eletrônicas, coloca em
xeque sua própria legitimidade ao longo de décadas.
Após a redemocratização no
início da década de 1980, temos praticamente a realização de eleições a cada
dois anos, sendo mais um instrumento de exercício da cidadania e de livre escolha
da população dizer quem quer dirigindo os destinos de sua cidade, estado e
país. A implantação da urna eletrônica foi um grande passo para a transparência
e confiabilidade no sistema eleitoral, aprimorado com o passar dos anos.
O atual ocupante do Palácio
do Planalto, ao longo do seu pífio governo, não fez outra coisa a não ser
atacar a constituição, as instituições, e parcelas da população, e o mais
sério, promover com suas atitudes um ambiente de incitação à violência política
e desobediência civil, com o mesmo discurso que realizava quando estava na
Câmera Federal, só que após sua assunção ao poder, deu voz a vários grupos que
pensam e agem de forma semelhante, contando com um congresso omisso e um
“orçamento secreto”.
Diante do atual cenário, é necessário que
entidades como a OAB, a ABI, a UNE, os Sindicatos, e tantas outras
representações da sociedade se manifestem e deixem a posição de passividade,
pois já dizia Abraham Lincoln: “Pecar pelo silêncio, quando se deveria
protestar, transforma homens em covardes”.
Jorge Luiz
Pedagogo
Criador e editor do
Blog Fique Informado
Sua análise cronológica é cirúrgica meu amigo! Atacar as urnas e as instituições, demonstram o medo de perder o poder e os privilégios que o cargo demanda
ResponderExcluir