Tudo é muito especial no show Coisas Sagradas Permanecem, homenagem a Gal Costa assinada por Adriana Calcanhotto e pela equipe que acompanhava a cantora - do produtor e diretor artístico Marcos Preto, passando por músicos e técnicos. Todos queriam celebrar a memória e a permanência da baiana, que nos deixou em novembro passado. Depois de passar por cinco capitais, a turnê será encerrada neste domingo (14) em Salvador, com apresentação às 19h, na Concha Acústica do TCA.
Mais um elemento simbólico para este encontro marcado pela emoção e pelo reencontro com as canções que marcaram a trajetória de Gal. Fechar por aqui, afirma Adriana, “é desafiante, mas sem dúvida, um desafio muito bom. É uma responsabilidade maravilhosa”.
Ainda impactada com morte de Gal e dividida com o lançamento de seu álbum autoral Errante, Adriana conta que ficou alguns meses mergulhada no repertório da baiana, assintindo-a, ouvindo seus discos, revendo shows e entrevistas. “Tem sido emocionante cantar as canções, fazer esse espetáculo que talvez eu não fizesse em outro contexto. Junto com o Marcus Preto fomos escolhendo o que estaria no repertório. Inclusive foi ideia dele incluirmos as duas músicas minhas que Gal gravou, Livre do Amor e Esquadros”, conta Adriana.
O show de quase duas horas de duração traz outros clássicos como Recanto Escuro (Caetano Veloso), e Meu Nome é Gal ( Roberto e Erasmo Carlos). Adriana e Marcus, que esteve ao lado de Gal em vários projetos, assinam juntos a direção do espetáculo, que tem cenário de Omar Salomão, filho de Waly. A banda traz músicos que tocaram com Gal em seus trabalhos mais recentes. Limma (teclados), Fabio Sá (baixo) e Vitor Cabral (bateria e percussões) , Pedro Sá (guitarra e violão).
Qual o tamanho do desafio e dificuldade de montar um repertório em tributo a Gal Costa? E quais critérios você utilizou para montar esse trabalho?
Eu fiquei alguns meses mergulhada no repertório dela, assistindo Gal, ouvindo todos os discos, revendo alguns shows e entrevistas dela. E isso foi muito importante para o processo de entendimento da perda dela. Tem sido emocionante cantar as canções, fazer esse espetáculo que talvez eu não fizesse em outro contexto. Junto com o Marcus Preto fomos escolhendo o que estaria no repertório. Inclusive foi ideia dele incluirmos as duas músicas minhas que Gal gravou, “Livre do Amor” e “Esquadros”. Desde que ele me convidou, a primeira coisa que eu falei foi que queria abrir o show com “Recanto Escuro”. Pra mim é uma das coisas mais lindas que ela já gravou, uma obra-prima.
O show tem quase duas horas e, mesmo assim, a gente sabia o desafio que seria entender quais canções teriam que ficar de fora. De qualquer forma, as pessoas que têm visto o show, dizem que os pilares do repertório dela estão representados.
Como você se sentiu ao ser lembrada por Marcus Preto de maneira tão imediata para ser a voz que tocaria esse projeto?
Foi inesperado o convite, mas muito afetuoso. Receber o convite dele para cantar ao lado das pessoas que estavam com ela, dos músicos, da equipe me ajudou muito a assimilar a perda da Gal.
Seu vídeo com os seios à mostra no show viralizou e sensibilizou muita gente. Você se sentiu um pouco Gal naquele momento?
Eu aprendi com a Gal a me relacionar com um repertório, as escolhas de autores, não importando muito as origens dela. O maior desafio de interpretar Gal Costa é que ela é uma das maiores cantoras do mundo. Eu sou uma fã dela, como todos os fãs que têm ido ao show, então não se trata de um show para imitar a Gal, mas simplesmente homenageá-la. Eu me sinto conduzindo esse encontro dos fãs com ela.
O que significa trazer esse show para a terra de Gal Costa?
É desafiante, mas sem dúvida, um desafio muito bom. É uma responsabilidade maravilhosa.
FICHA
Show: Coisas Sagradas Permanecem
Onde: Concha Acústica do TCA
Quando: Domingo (14), 19h
Ingressos: R$ 200 | R$ 100 (arquibancada) e R$ 250 |R$ 125 (camarote)
Vendas no Sympla e na bilheteria.
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