foto:reprodução/google
Jorge Eduardo Naime Barreto, coronel da reserva da PMDF, é novamente alvo de investigação pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), desta vez por envolvimento em um esquema de perseguição e monitoramento ilegal. Acusado de instalar rastreadores e escutas clandestinas no veículo e na conta de um aplicativo de uma empresária de Brasília, Naime já estava em liberdade provisória, usando tornozeleira eletrônica, após ser preso por sua participação nos atos de 8 de janeiro. A investigação aponta ainda o uso indevido de sua influência para coordenar abordagens policiais contra a vítima, com a intenção de intimidá-la.
Naime esteve entre os principais investigados pelos atos golpistas ocorridos em Brasília na primeira semana de mandato do presidente Lula (PT), o que levou à sua prisão preventiva no começo de 2023. A ele foram imputados crimes como tentativa de derrubada violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e danos ao patrimônio público, incluindo ainda sua conivência durante a invasão das sedes dos Três Poderes da República.O
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu em maio de 2024 pela liberdade provisória do coronel, estabelecendo medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, e o impedindo de se ausentar do Distrito Federal sem autorização, além de obrigá-lo a cumprir o recolhimento domiciliar noturno.
Apesar das condições impostas, Naime passou a ser alvo de novas investigações, agora relacionadas a um esquema de espionagem envolvendo equipamentos de vigilância, como rastreadores e escutas ilegais. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), ele teria liderado uma operação de monitoramento clandestino externo utilizando tecnologias avançadas, por determinação do ex-marido da mulher espionada.
O inquérito que investigou Naime relata que a empresária e outras pessoas ligadas a ela eram constantemente paradas pela PM, que não fazia checagens rotineiras, como exigir documentos do motorista e do veículo. Essas abordagens eram feitas, inclusive, com a presença do coronel nas imediações de onde os automóveis eram interceptados pelas viaturas. Ele chegou a ser filmado por circuitos de câmera de segurança próximo a um desses lugares.
Com o carro rastreado, escutas em seu veículo e no de seu funcionário mais próximo, a vítima era controlada o tempo todo pelo coronel, que segundo as investigações realizava o trabalha ilegal a mando do antigo companheiro dela.
Fonte: REVISTA FÓRUM - 03/01/2025
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