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Uma gravação obtida com exclusividade pela coluna revela novos detalhes sobre o esquema criminoso liderado pelo empresário Alex Rezende Parente. Na conversa, compartilhada por meio do WhatsApp, um investigado solicita R$ 200 mil à quadrilha, justificando que o valor seria necessário para “monetizar em Brasília”. O áudio faz parte do inquérito que resultou na Operação Overclean, ação que expôs a ramificação de uma organização criminosa que operava com influência política e direcionamento ilícito de recursos públicos.
O grupo desviava recursos de contratos públicos por meio de fraudes licitatórias e superfaturamento. Esses valores eram redistribuídos em forma de propinas, utilizando empresas fantasmas para ocultar o fluxo financeiro.
Os contratos fraudados, muitos deles relacionados ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), movimentaram aproximadamente R$ 1,4 bilhão. Parte desses recursos foi utilizada para beneficiar agentes públicos e operadores políticos em Brasília, facilitando a liberação de emendas e convênios para obras superfaturadas em diversas regiões do país.
No diálogo descrito no inquérito, Alex Rezende Parente reencaminha um áudio para Lucas Maciel Lobão Vieira, conhecido como Lobão. No áudio, uma terceira pessoa menciona a necessidade de uma “contribuição” de R$ 200 mil para “monetizar em Brasília”. Lobão, por sua vez, sinaliza que faria contato com os responsáveis pelo pedido.
Em uma das conversas interceptadas, Alex Parente menciona dificuldades em “faturar” e reclama de atrasos em pagamentos de junho e julho. O grupo teria movimentado cerca de R$ 825 milhões em contratos públicos apenas em 2024, utilizando empresas como Allpha Pavimentações e Larclean Ambiental.
fonte: COLUNA MIRELLE/METRÓPOLES - 03/01/2025
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