quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Alagoas: Mãe de médica que matou ex-marido diz que filha mentiu: "Morreu inocente"

 

                                  foto:reprodução



O caso que envolve a médica Nádia Tamyres Silva Lima ganhou novo rumo após a mãe da acusada divulgar vídeo em que defende o ex-genro, Alan Carlos Cavalcante, morto no domingo, 16, em Arapiraca. A gravação apresenta contestação direta às denúncias feitas pela médica.

No vídeo, a mãe afirma que Alan era inocente das acusações, incluindo a denúncia de estupro de vulnerável. Ela diz que a filha mentiu sobre o caso. “Quem morreu foi um inocente! Se não fosse inocente, eu, sendo mãe biológica da Nádia, não estaria aqui pedindo à sociedade que entenda que Alan Carlos era inocente”, declarou.

A mãe diz que laudos médicos apontariam inexistência de abuso. “Existem laudos, não é um, dois, três… são vários, vários laudos mostrando a inocência de Alan Carlos!”, afirmou. Ela classifica o caso como “um conjunto de mentiras motivado por ambição”, mantendo a fala registrada no vídeo.


O irmão da médica, Emerson Lima Barros, também já havia contestado a versão apresentada por ela e disse que Alan era inocente. Ele afirmou que a família nunca acreditou na denúncia feita pela irmã.

Nádia segue presa, acusada de executar o ex-companheiro dentro do carro onde ele estava. A Polícia Civil investiga o caso e deve incluir os novos depoimentos no inquérito.

Denuncias de violência e abuso

A suspeita havia denunciado Alan por violência doméstica e abuso da filha antes do homicídio. Segundo o portal EuFêmea, o médico era réu em ação movida por Nádia. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público de Alagoas em junho de 2025 e aceita pela Justiça em setembro.

O processo registra que o casal manteve relação por 22 anos. Em dezembro de 2024, a médica buscou a Secretaria da Mulher e obteve medida protetiva. O documento cita relatos encaminhados ao Ministério Público sobre episódios ocorridos ao longo do relacionamento.

A denúncia inclui boletim em que Alan foi indiciado por suspeita de abuso sexual contra a filha do casal. Nádia afirmou ter presenciado gesto que motivou o registro, com a identidade da criança preservada. Esses elementos foram reunidos pelo Ministério Público.

O material também relata controle financeiro, restrições e ameaças. A médica afirmou que esses episódios ocorriam para impedir o fim da relação. As informações foram anexadas ao processo e fazem parte da análise do órgão.

A médica relatou que o ex-marido colocou remédios hospitalares em sua bolsa e gravou vídeo falso para usar como ameaça caso ela buscasse separação. O registro integra o material reunido na denúncia formalizada ao Ministério Público.

O processo também cita agressões físicas. Em um caso, após plantão de 36 horas, ela afirmou ter sido derrubada ao chegar em casa. Outro episódio, em 2020, envolve relato de lesão no braço durante discussão. Esses dados constam nos autos.

A denúncia menciona ainda conflitos ocorridos durante a gestação. Após o nascimento da filha, segundo o registro, esses episódios se intensificaram. O material compõe o processo que será analisado junto aos novos depoimentos divulgados pela família da médica.


Fonte: EXTRAALAGOAS - 19/11/2025


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