sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Televisão: Professor baiano faz cordel para criticar BBB e Pedro Bial



Depois da polêmica causada com o cordel "Caetano Veloso: um sujeito alfabetizado, deselegante e preconceituoso", o cordelista baiano Antônio Barreto, de 54 anos, dirige suas críticas agora ao Big Brotehr Brasil, reality show da Rede Globo, e ao apresentador da atração e jornalista, Pedro Bial.
No cordel "Big Brother Brasil, um programa imbecil", o baiano de Santa Bárbara, que vive há mais de 30 anos em Salvador, afirma que "A moral e a inteligência / Não são mais valorizadas. Os 'heróis' protagonizam um mundo de palhaçadas / Sem critério e sem ética / Em que vaidade e estética / São muito mais que louvadas".
Em entrevista ao A TARDE ON Line, Antônio Barreto diz que, apesar de "fútil", o programa é um sucesso porque a Rede Globo é uma emissora poderosa. "A emissora é influente, consegue controlar o público, que não preza pelo hábito da leitura, pelo bom gosto. São pessoas dominadas pela estética da beleza, pelo filme de violência. Então é facil para a Globo criar um programa desse e ter sucesso".
O cordelista questiona ainda as cenas editadas pela emissora e que são exibidas na televisão, o que considera um mau exemplo para as crianças. "Um progarma que não passa nada de instrutivo, sobretudo para crianças e adolescentes. Não há um refinamento maior para quem está começando a ver a vida agora".
Para ele, contudo, o BBB não deveria acabar e, sim, ser reformulado, propondo e levando para o público discussões a respeito de temas relevantes para a população, a exemplo da educação, violência, preconceito, economia e política, dentre outros temas. "Seria interessante se todas aquelas pessoas pudessem sentar numa mesa redonda e discutir temas importantes, ao invés de expor o corpo, a sexualidade, a futilidade. Os homessexuais, ao invés de beijar na boca, poderiam discutir o quanto são discriminados. Eu mesmo, sou contra a homofobia. Poderia ser aberto para o público, mas de uma outra maneira. Se fosse de outro jeito, não faria o cordel, não criticaria a Globo e o BBB".
Sobre os participantes inteligentes e bem informados que já passaram pelo reality show, a exemplo do jornalista Jean Willis e da doutora em linguística Elenita (atual confinada), Antônio disse que eles deveriam ter uma liberdade maior para expor suas ideias no programa, provocando uma discussão mais enriquecedora.
"Jean Willis deu a sua contribuição enquanto intelectual e homossexual. Só que há uma conveniência da Globo, evitando uma discussão maior. Pessoas inteligentes como o Jean Willis e outras que já participaram, deveriam ter mais liberdade para discutir, mas o que se vê é a exploração estética e sexual. Nao adianta ter pessoas inteligentes, se elas nao conseguem falar sobre questões críticas que se passam no país. O que está acontecendo é que estão vivendo em clima de quase orgia".
foto:Haroldo Abrantes/atarde
Fonte:atardeonline

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