sábado, 26 de março de 2011

São Paulo: Atriz Cibele Dorsa morre ao cair do sétimo andar de prédio e deixa uma carta aos pais

Foto:Francisco Capeda/ag.News

A atriz e escritora Cibele Dorsa, 36 anos, morreu na madrugada deste sábado depois de, segundo a polícia, cair do sétimo andar do prédio onde morava, no bairro Real Parque, região do Morumbi, zona sul de São Paulo. A queda teria ocorrido por volta das 2h. Às 5h30 da manhã policiais civis ainda realizavam a perícia no local, colhendo informações sobre o ocorrido, apesar de o principal indício ser o de suicídio. Por volta da meia-noite, Cibele postou no Twitter: "Lamento, eu não consegui suportar a morte nos meus braços, mas lutei, até onde eu pude". Na sexta-feira, foram postadas várias mensagens nas quais a atriz demonstrava estar descontente com a vida, especialmente em razão da morte do ex-noivo, o ator e apresentador do canal E! Entertainment Television Gilberto Scarpa, que suicidou em janeiro deste ano, aos 27 anos, ao se atirar do sétimo andar de um prédio, em São Paulo. A atriz chegou a postar na rede de microblogs uma foto dela deitada ao lado do ex-noivo, dizendo: "Esse sono era um sonho... não consigo mais ter um sono tranquilo". Pouco depois, comentando mais uma foto com Scarpa, ela disse que "o amor só bate uma vez a nossa porta, não deixem escapar pela janela...". Cibele é mãe de duas crianças, Viviane, filha de seu casamento com o cavaleiro Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, e Fernando, do relacionamento com o empresário Fernando Oliva.


A escritora deixou uma carta, escrita com alguns erros de grafia e digitação,Confira abaixo:


"Viver sem o Gilberto é pra mim uma sobrevida desumana. De todos os homens que passaram por mim quem me fez mais mal foi sem dúvida alguma, o Doda, pai da filha que nem mais contato pude ter, e quem mais me fez bem, em vida, foi o Gilberto. Viver sem meus dois filhos e sem o amor da minha vida me dilacera por inteiro, é como se eu estivesse acordada passando por uma cirurgia cardíaca, sinto meu coração sendo cortado, um bisturi elétrico que não para nunca. Não aguento mais chorar, quando não estou soluçando de tanto chorar, fico com lágrimas calmas mas, elas não cessa, nunca! Não aguento mais viver, ou melhor, sobreviver. A comida não desce, sinto um nó na garganta, estou ficando cada dia mais magra, sinto minha pele se descolando do meu corpo. (...) Minha cabeça não consegue pesar menos que 10 toneladas, eu não tenho mais paz, a cena da morte do meu amor me atropela constantemente, lembro do corpo do Gilberto no meio da rua mas, os olhos estavam abertos e eu achei que ele pudesse me ouvir... Falei muito com ele acho que ele deve ter ouvido mas, falei tarde demais. Eu disse que me casaria, que teria o filho, que ele não poderia morrer, molhei o rosto dele de tantas lágrimas e, nada de conseguir que ele se salvasse. (...) Estou sofrendo mais dor agora do que quando sofri o acidente de carro. Agora não tem morfina, não tem nada que acalme essa dor, nada que faça parar essa sensação de perfuração no meu peito. Ainda por cima, o Doda parece nunca cansar de me humilhar, ele não se satisfará nunca mesmo. É o pior homem que já conheci em minha vida, um lobo em pele de cordeiro."

Fonte: Portal Terra e BN

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