terça-feira, 16 de agosto de 2011

Governo Dilma: PR deixa base no Congresso e pretende entregar todos os cargos

A informação foi dada pelo Senador Alfredo Nascimento-Presidente do partido-Foto:Google

Ao confirmar sua saída da base aliada ao governo federal, o Partido da República (PR) pretende entregar todos os seus cargos na gestão da presidente Dilma Rousseff, informou nesta terça-feira o senador e presidente nacional da legenda, Alfredo Nascimento. A ideia, no entanto, não inclui o atual ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que, embora filiado ao PR desde 2006, não é considerado como da cota dos republicanos no primeiro escalão do governo federal.

Com a decisão, entre os possíveis demissionários estão o irmão do senador Magno Malta (PR-ES), Márcio Malta, que é assessor parlamentar no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), e o superintendente da autarquia em Minas, Sebastião Donizete de Souza.

Ao falar em "decisão soberana" das bancadas em discurso no Plenário do Senado, Nascimento mandou um recado aos senadores que tentavam demovê-lo do anúncio de independência do governo. Na Casa apenas Blairo Maggi (PR-MT) e o próprio Nascimento eram a favor da saída da base governista, sendo contra os senadores Vicentinho Alves, Magno Malta, Clésio Andrade e Antonio Russo. Na Câmara dos Deputados, no entanto, o líder da legenda, Lincoln Portela (PR-MG), computava que pelo menos 90% dos parlamentares desejavam desejam sair do bloco.

O anúncio da posição do PR ocorre após a legenda ter perdido postos de controle no Ministério dos Transportes, alvo de denúncias de superfaturamento de obras e de recebimento de propina de empreiteiras. Nascimento evitou falar em revanchismo com a posição, e a legenda passa agora à condição de independente e não integra o bloco oposicionista.

"Não fazemos política cultivando ressentimento, mas também não abrimos mão da construção e manutenção de uma relação de confiança, respeito e lealdade. Não faremos o jogo político rasteiro da revanche e da vingança. Não renunciaremos à crítica proveitosa e ao embate sereno e elevado. Votaremos com as nossas consciências e alinhados com o que pensa o cidadão brasileiro", afirmou.

"Com essa decisão, pretendemos deixar claro e de modo inequívoco que continuaremos participando de modo produtivo (no Congresso Nacional). E apoiaremos de forma incondicional todas as decisões que defendam e atendem o povo do Brasil. É isso que esperam de nós os milhares de brasileiros que nos depositaram votos de confiança", disse Nascimento.

Duas semanas atrás, a bancada do PR no Senado havia formalizado a saída da legenda do bloco de sustentação do governo na Casa. Mais cedo nesta terça-feira, Portela havia anunciado na Câmara a saída do partido da base governista no Congresso Nacional.

Portela negou que os parlamentares do PR devam se alinhar ao bloco opositor. "Oposição? Nunca! Apoiamos a presidente Dilma", garantiu o deputado ao Terra. Sobre o apoio a uma eventual CPI mista para apurar as denúncias de corrupção nos ministérios, o líder disse que as assinaturas do PR dependerão do "espírito da CPI". "Se o espírito for jogar holofotes na oposição, não assinamos. Se a CPI vier no espírito de investigar caso a caso, faremos uma avaliação." Informações de Larissa Borges do portal Terra.

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