Um dos canais que estão se deteriorando com o atraso das obras -foto: 07 de junho de 2015, 09:40/reprodução
Prevista inicialmente para 2012, a transposição do Rio São
Francisco deve atrasar mais dois anos e ser concluída apenas em 2017. O
custo da obra, que atualmente está em R$ 8,2 bilhões, deve passar por
reajuste, conforme afirmou no fim de maio o ministro da Integração
Nacional, Gilberto Occhi, em apresentação feita a senadores do Nordeste.
No início deste ano, empresas contratadas para construir dois lotes
da transposição tiveram dificuldades para cumprir o cronograma. Embora
negue atrasos, a Mendes Júnior foi alvo de um processo administrativo
aberto pelo ministério para “apurar possíveis faltas cometidas pela
empresa”.
Sindicatos afirmam que houve mais de duas mil demissões. Até o fim de
abril, 74,5% das obras de transposição estavam prontas, segundo medição
do próprio ministério.
De acordo com Occhi, a expectativa é que, a partir de setembro,
estejam funcionando dois canais de 40 quilômetros em Pernambuco. Por
causa da lentidão em alguns trechos da obra, canais que já ficaram
prontos ainda não recebem água. A falta de uso tem provocado o
aparecimento de rachaduras nas estruturas, segundo integrantes do Comitê
da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
Cerca de 2,2 mil funcionários que trabalhavam nas obras de
transposição do rio São Francisco foram demitidos nos primeiros meses do
ano, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do
Ceará (Sintepav-CE).
Líderes sindicais de Pernambuco e Paraíba afirmam que os canteiros de
obras estão com menos operários do que o previsto inicialmente pelas
empresas.
O Ministério da Integração Nacional afirma, porém, que há 9,2 mil
pessoas trabalhando atualmente no empreendimento.No fim de maio,
trabalhadores do lote 5, de responsabilidade da Serveng, ficaram uma
semana em greve nos municípios de Brejo Santos e Jati, no Ceará, para
pedir aumento salarial. Informações da Agência O Globo.
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