© Foto: José Iucena/Folhapress/reprodução Caminhão é incendiado na Rua do Alpiste,
Pelo menos dez veículos – oito ônibus e dois caminhões – foram incendiados na manhã desta terça-feira em vários pontos do Rio de Janeiro, provocando várias interrupções em vias importantes da cidade, o que fez a prefeitura decretar estado de atenção na cidade – o segundo nível em uma escala que vai até três. Os ataques, que continuam ocorrendo no início da tarde, começaram após uma operação policial contra traficantes da comunidade de Cidade Alta, na região de Cordovil, zona norte da cidade.
Três ônibus foram queimados por criminosos na rodovia Rio-Petrópolis (BR-040), altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Mais dois ônibus e um caminhão foram incendiados na Avenida Brasil. Outros dois ônibus foram totalmente destruídos em Bonsucesso e outro em Cordovil, além de um caminhão na Pavuna – todos os bairros são localizados da zona norte.
Os ataques criaram um caos no trânsito. Devido à ação dos criminosos, a Polícia Militar interditou a rodovia Rio-Juiz de Fora, a pista lateral da Avenida Brasil nos dois sentidos, altura de Parada de Lucas, além da Linha Vermelha, via expressa que liga a Baixada Fluminense à zona norte. Outro trecho interditado foi a rua Bulhões Marcial, em Cordovil. Mais de 3 mil crianças da rede municipal de ensino estão sem aula, em Cordovil, por medida de segurança.
O Centro de Operações do Rio de Janeiro (COR), da prefeitura, decretou estado de atenção na cidade a partir das 10h50 e afirmou que é possível que o número de veículos seja ainda maior. “O estágio de atenção é o segundo nível em uma escala de três e significa que um ou mais incidentes impactam, no mínimo, uma região, provocando reflexos relevantes na mobilidade”, informou.
Prejuízo
O número de ônibus incendiados por criminosos no Rio de Janeiro nos pouco mais de quatro meses de 2017 já supera aquele registrado ao longo de todo o ano passado. Após a ação da manhã desta terça-feira, já chega a pelo menos 50 o total de coletivos incendiados em 2017. Em 2016, foram 43 no total.
Os dados são da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), que em nota repudiou os ataques. “O custo estimado para a reposição da frota incendiada este ano já chega a R$ 22 milhões”, informou a entidade, que ressaltou ainda que “não há seguro para casos de incêndios criminosos”.
fonte:Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil/reprodução
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