Manifestação de índios na Esplanada (veja/VEJA)
Mais de 1.000 Índios de todo o país estão desde a manhã desta quarta-feira, 24, acampados no canteiro central da Esplanada dos Ministérios e já montaram centenas de barracas de lona, onde ficam até quinta. Eles protestam contra algumas medidas do governo de Jair Bolsonaro, como a transferência do Ministério da Justiça para o Ministério da Agricultura e a extinção de conselhos que tinham a participação de representantes dos índios.
Por volta das 9 horas, o ministro Sergio Moro parou em frente ao protesto para discursar para policiais militares que participam da Operação Tiradentes. O ministro Moro descartou a volta da Funai para o Ministério da Justiça. “Essa é uma decisão do governo federal, está no Congresso. No fundo, foi uma decisão tomada, acho uma decisão correta”, disse Moro.
“O índio hoje não é um problema de polícia. O índio precisa de assistência principalmente para desenvolvimento de oportunidades econômicas e para manter as suas tradições”, afirmou o ministro. Ele defendeu a permanência dos índios na Esplanada: “O que existe são manifestações públicas, legítimas do índio, como qualquer cidadão”. Moro fez selfies com os policiais, mas não foi ao local onde os índios estão acampados, a 50 metros de onde discursou.
A PM de Brasília não esperava que algumas barracas fossem montadas nas proximidades do Congresso. Na negociação, ficou acertado que as barracas seriam montadas a 4 quilômetros da Esplanada. A Polícia Militar do DF fechou a frente do Congresso com duzentas viaturas e 538 policiais militares. Ao todo, a PM mobilizou 1.800 policiais para eventuais conflitos. O governo também mobilizou homens da Força Nacional, que estão de prontidão. Segundo a PM, o grande número de policias é parte da Operação Tiradentes, que integra polícias de todo o país.
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