sábado, 6 de julho de 2019

Irecê:Câmera de segurança registra parte de perseguição policial que terminou com dançarina morta

Dançarina morreu após abordagem policial na Bahia — Foto: Reprodução/Instagram
imagem:reprodução/facebook

Uma câmera de segurança registrou um trecho da perseguição policial que terminou com a morte de uma dançaria de banda de forró na cidade de Irecê, no norte da Bahia, na madrugada desta sexta-feira (5). A cantora e o sanfoneiro do grupo musical também ficaram feridos.
As imagens mostram o momento em que o carro que estava com os membros da banda cearense Sala de Reboco passa pela via em alta velocidade.
Carro onde os integrantes da banda Sala de Reboco estavam foi atingido por tiros na Bahia — Foto: Arquivo PessoalCarro onde os integrantes da banda Sala de Reboco estavam foi atingido por tiros na Bahia — Foto: Arquivo Pessoal
Carro onde os integrantes da banda Sala de Reboco estavam foi atingido por tiros na Bahia — Foto: Arquivo Pessoal
De acordo com o horário mostrado no visor da câmera, a passagem do
 veículo foi à 0h23. Cerca de 13 segundos depois, uma viatura da polícia 
segue,  também em alta velocidade, atrás do carro que a banda estava, 
uma SUV de luxo.
As imagens mostram ainda que um mototaxista que está parado no local e
 um pedestre se assustam com a passagem da polícia. Os dois, junto com 
um segundo mototaxista, observam a passagem da viatura da PM.
Uma segunda viatura que estava parada na via antes mesmo do carro com
 os membros da banda Sala de Reboco passarem também segue atrás do primeiro veículo da polícia.

Caso


Os integrantes da banda estavam em Irecê, descansando do período de 

shows do São João. A última apresentação da grupo foi na cidade baiana 
de Jacobina, também no norte do estado, no dia 30 de junho.
Conforme explicou o dono da banda Sala de Reboco, Antônio Rocha, os 
quatro integrantes foram até Lapão, cidade a cerca de 11 km de Irecê, para comer uma galinha caipira, prato tradicional nas cidades do interior da Bahia. Quando retornavam de Lapão, por volta de 0h30, ocorreram os disparos.
A dançarina Gabriela Amorim foi atingida na região do abdômen. Ela foi socorrida, mas morreu no hospital. Gabriela deixa um filho de seis anos. O
 dono da banda está em busca da liberação do corpo da jovem, que foi encaminhado para o IML de Irecê. O sepultamento está previsto para ocorrer no Ceará.

Famílias

Gleidivaldo Possidônio, irmão do sanfoneiro Eliedelson Possidônio que ficou ferido na ação policial na Bahia, conversou com o G1 contou como recebeu 
a notícia de que o irmão estava ferido.
"Foi um susto. Eu recebi a notícia por volta das 4h20 da manhã. Eu estava dormindo. O Tonhão [Dono da banda] me ligou e contou sobre a situação", relatou.
Gleidivaldo, que é médico, disse que a família do sanfoneiro, que mora em Fortaleza, avalia a possibilidade de transferência do músico. Como ainda não há nada definido para viagem de Eliedelson, é a mãe dele que se prepara para 
vir à Bahia.
A mãe da dançarina Gabriela Amorim, que foi morta durante a ação, falou 
que a profissão era um sonho da jovem desde pequena.
"Ela formava grupinho [de dança] aos 10 anos de idade, essa coisinha pequena. Aí isso foi ficando. Quando ela ficou de maior [maior de idade], uma prima 
dela também já queria [ser dançarina]. Aí ela começou já a dançar nas bandas de verdade", disse ela.
Gabriela já tinha participado de shows com várias bandas de forró. Ela estava na Bahia desde o dia 13 de junho, em uma turnê de São João. O retorno para o Ceará seria nesta sexta-feira.

fonte:G1.COM/06/07/19 -08h:05min.

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