Foto: Karlos Geromy/reprodução
Depois de o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, falar que cabe às autoridades da Bahia explicar as circunstâncias da morte do miliciano Adriano da Nóbrega, o governador Rui Costa (PT) disse, ontem, que o assunto deve ser tratado por “quem entende” do “mundo do crime”. “Eu não entendo de miliciano. Eu não entendo nada do mundo do crime. Deixa quem entende ficar falando”, afirmou o petista, em entrevista à imprensa.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Adriano foi encontrado no município baiano de Esplanada. Ainda segundo a SSP-BA, quando os policiais chegaram, o miliciano teria efetuado disparos e, na troca de tiros, teria sido ferido. Ele teria sido levado a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Em audiência pública na Câmara anteontem, falou sobre o caso. "Essa pessoa foi morta nesse confronto com a polícia. E veja: não estou criticando a polícia, não sei a circunstância (da morte), isso vai ser apurado. Mas é a polícia do estado governado pelo Partido dos Trabalhadores. Quem tem que prestar esses esclarecimentos é lá", afirmou.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Moro também foi questionado sobre a ausência do nome de Adriano da lista dos criminosos mais procurados do Brasil divulgada pelo Ministério da Justiça há duas semanas. Na época, a pasta justificou que Adriano não respondia a acusações interestaduais, porém, a relação incluía outros dois milicianos do Rio.
"Essa pessoa específica (Adriano) não entrou e se vê que nem sequer era necessário porque essa pessoa foi encontrada poucos dias depois pela polícia do estado da Bahia. E aí, lamentavelmente, nas circunstâncias que vão ser esclarecidas pela polícia daquele estado, acabou sendo vitimado", disse Moro. "Uma lista dos mais procurados não é uma lista de todos os procurados e havia razões específicas para essa pessoa não ser incluída", emendou Moro, sem dar detalhes sobre os motivos pelos quais ele não entrou na relação.
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