foto:reprodução
As provas colhidas na Operação
Faroeste e encaminhadas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) confirmam a
existência de irregularidades em um contrato firmado em 2017 pela então
presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), a desembargadora afastada Maria
do Socorro Barreto Santiago, com duas empresas ligadas ao falso cônsul Adailton
Maturino, tido como mentor do esquema de grilagem e venda de sentenças. O
material reforça os indícios de que a magistrada revogou de forma ilegal uma
concorrência do TJ para beneficiar, por meio de dispensa de licitação realizada
indevidamente, a Plural Service e a Radar Tecnologia. Ambas eram operadas por
familiares ou laranjas de Maturino e usadas para lavar dinheiro do esquema.
Linha direta
Segundo apurou a Satélite, os
documentos da Faroeste - o que inclui diálogos interceptados e quebras de
sigilo - implicam diretamente a desembargadora em supostas fraudes no contrato
do TJ com empresas controladas pelo falso cônsul, sob investigação do TCE.
Barrados no baile
Os advogados de Maria do Socorro
tentaram impedir o acesso do TCE às provas reunidas pela operação, através de
recurso contra a decisão do relator da Faroeste no Superior Tribunal de Justiça
(STJ), ministro Og Fernandes, que autorizou o compartilhamento do conteúdo. No
entanto, a Corte Especial do STJ rejeitou o pedido por unanimidade, em
julgamento realizado no último dia 23.
Fonte:Coluna Satélite/Jairo Costa Júnior/Correio da Bahia - 06/12/2022
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