quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Bolsonaro nomeia um oficial militar que defendeu o desvio de fundos para promover a utilização de armas como secretário da cultura


André Porciuncula, secretário especial de Cultura

André Porciuncula, secretário especial de Cultura

REPRODUÇÃO / EBC

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, nomeou na quarta-feira(7) André Porciuncula, um ex-capitão da polícia militar que no mês passado defendeu o desvio de fundos para produções audiovisuais para espaços que promovem o uso de armas de fogo, como seu novo secretário da cultura.

A decisão de Bolsonaro de mudar o chefe de cultura, que no seu gabinete tem o estatuto de secretariado especial e não de ministério, 25 dias antes do fim do seu mandato, é motivada pela partida do chefe anterior, Hélio Ferraz, para o governo de Tarcísio de Freitas no estado de São Paulo.

Porciuncula, que é visto no Brasil como um provocador de extrema-direita, é o sétimo secretário da cultura desde que Bolsonaro se tornou presidente e regressou ao governo depois de ter tentado, sem sucesso, ganhar um lugar como deputado.

No âmbito da Cultura tinha sido secretário adjunto sob a liderança de Mário Frias, aproveitando a posição para apoiar os projectos de armamento de um bolonaro que fez desta uma das suas principais promessas de campanha, bem como para desmantelar algumas das principais políticas públicas de apoio ao sector.

O novo, embora de curta duração, Secretário da Cultura é frequentemente visto nos meios de comunicação social a posar com armas de fogo de alto calibre ao lado de outros associados bolonarianos, e mesmo com alguns dos filhos dos bolonarianos.

Fonte:ESTADÃO -07/12/2022

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