segunda-feira, 24 de julho de 2023

Dep. Carla Zambelli perde processo contra jornalistas da Globo e delegado da PF

              Zambelli correu armada atrás de homem em um bairro da capital paulista-foto:reprodução

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) perdeu o processo por danos morais que movia contra a Globo, os jornalistas Andréia Sadi, Octavio Guedes, Marcelo Lins e Daniel Rocha e também o delegado da Polícia Federal, Alexandre Saraiva. O processo foi por conta de uma entrevista realizada em 14 de junho de 2022, em que Saraiva acusava a deputada de apoiar atividades ilegais na Amazônia.

Na ocasião, ele se referiu a ela com termos como “bandida” e “marginal”. Além de Zambelli, Saraiva listou Zequinha Marinho (Podemos-PA), Telmário Mota (Solidariedade-RR), Mecias de Jesus (Republicanos-RR) e Jorginho Mello (PL-SC) como políticos que supostamente apoiavam o garimpo ilegal. “Temos uma bancada do crime, na minha opinião, uma bancada de marginais. Para mim, são bandidos, até pela forma como se comportaram quando eu fui convidado para ir a uma audiência”, afirmou o delegado.

Indenização
Zambelli pedia uma indenização de R$ 100 mil por danos morais. Além de reclamar dos ataques do delegado, ela afirmou na ação que os jornalistas que estavam no programa não a defenderam das acusações feitas por ele. O juiz Manuel Eduardo Barros negou a solicitação, citando a liberdade de imprensa. O magistrado afirmou que repórteres ou apresentadores apenas fazem perguntas, e não podem imaginar ou adivinhar o que entrevistados vão dizer. Na sua visão, seria desonesto responsabilizá-los por algo que não fizeram.

Deputada que se expõe a situações vexatórias


Com relação ao delegado, a Justiça decidiu não o responsabilizar pelas suas falas na GloboNews. O juiz afirma que ele só proferiu críticas sobre o comportamento de Carla Zambelli em uma audiência pública. Além disso, em sua sentença, o magistrado critica Carla, que segundo ele, se coloca frequentemente em situações vergonhosas.

“A mera utilização de expressões tais quais as utilizadas pelo réu não são suficientes para afrontar a honra e integridade moral de quem ocupa um cargo público e, a todo tempo, se expõe a situações controversas, senão vexatórias, tal qual a perseguição armada a um homem em São Paulo”, conclui. Saraiva comemorou a vitória em suas redes sociais. As informações são da Revista Fórum.

Veja abaixo:

0 comentários:

Postar um comentário