quinta-feira, 18 de julho de 2024

PF aponta esquema de Cartões de vacina em Duque de Caxias e pede nova apuração


                                                       foto:reprodução

A Polícia Federal (PF) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nova parte das investigações sobre o suposto esquema de fraude em cartões de vacinas que teria beneficiado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas conclusões, a PF apontou ter indícios de uma “grande estrutura na Prefeitura de Duque de Caxias (RJ) para prática de crimes” de inserção de dados falsos de vacinação no sistema do Ministério da Saúde.

Assim, a PF pediu ao ministro Alexandre de Moraes que seja aberto novo procedimento de investigação para apurar esses fatos, de uma maneira isolada daqueles já em andamento. A complementação da análise de dados armazenados em tefones celulares apreendidos “evidenciou novos elementos de prova que revelaram a constituição de uma grande estrutura na Prefeitura de Duques de Caxias/RJ para a prática de crimes de inserção de dados falsos de vacinação em benefícios de diversas pessoas, diverso do grupo criminoso investigado nos autos da Pet. 10.405/DF (Inq. 4874/DF)”, argumentam os investigadores da PF no pedido.

Até o momento, as apurações corriam no âmbito da PET 10.045. Nesse caso, é investigado se Bolsonaro e outros 15 foram beneficiados no esquema. O mesmo caso está conectado ainda com o inquérito das milícias digitais. Mas a PF quer uma investigação somente para a existência dessa estrutura em Duque de Caxias, que teria beneficiado outras pessoas que queriam dados falsos de vacinação.

Elementos

Os elementos de prova colhidos pela Polícia Federal demonstraram que o grupo investigado usou a estrutura da Secretaria de Saúde de Duque de Caxias (RJ) para viabilizar a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. “Para isso contaram com a aderência consciente e voluntária do então Secretário Municipal João Carlos de Sousa Brechadas servidoras da Prefeitura de Duque de Caxias, Camila Paulino e Cláudia Helena”, diz documento da PF.

Início do suposto esquema

O suposto esquema teve início em novembro de 2021, quando Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, teria pedido ao sargento do Exército Luis Marcos dos Reis para conseguir um cartão de vacinação falsificado para sua esposa, Gabriela Santiago Cid.

Fonte: Metrópoles c/adaptações 18/07/2024

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