Investigadores da Polícia Federal já definiram o próximo alvo das operações relacionadas ao inquérito da “Abin paralela”, que apura um suposto esquema de espionagem ilegal de adversários durante o governo Jair Bolsonaro.
Após focar as últimas ações em integrantes da Abin durante a gestão Bolsonaro, a PF pretende agora concentrar as investigações na cúpula da Agência Brasileira de Inteligência escolhida pelo governo Lula.
O foco da PF, segundo apurou a coluna, é apurar um possível “conluio” de diretores da Abin escolhidos por Lula com integrantes da agência durante o governo Bolsonaro para atrapalhar as investigações.
Investigadores querem entender, sobretudo, a atuação de diretores da Abin de Lula para tentar interferir nas investigações sobre o “FirstMile”, software usado pela agência para espionar adversários na gestão Bolsonaro.
A desconfiança com a atual gestão da Abin foi compartilhada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, e pela PGR em documentos que embasaram a última operação sobre a “Abin paralela”, na semana passada.
Na mesma decisão em que autorizou prisões e buscas e apreensões, Moraes negou o compartilhamento da investigação da PF com a atual corregedoria da Abin para eventual abertura de sindicâncias internas.
Em seu parecer, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, escreveu que compartilhar as informações “não parece recomendável neste momento processual”, diante da “aparente resistência identificada no interior” da Abin.
Fonte: Igor Gadelha/reprodução/Metrópoles 16/07/2024
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