quarta-feira, 26 de março de 2025

Após se tornar Réu pelo STF, ex-presidente volta a defender voto impresso

                                                 Ex- presidente na frente do Senado foto:reprodução -26/03/2025

247 - O ex- presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu com ataques à decisão que o tornou réu por tramar um golpe de Estado nesta quarta-feira (26). 

Durante pronunciamento de pouco menos de uma hora, feito em frente ao Senado Federal, Bolsonaro voltou a lançar dúvidas sobre a integridade das urnas eletrônicas, defendeu o voto impresso e criticou a sua inelegibilidade, válida até 2030. "O voto impresso é um direito. Uma contagem pública de votos tem de ser aceita. A Alemanha não aceitou um sistema como o nosso", disparou.

"Na Venezuela só foi possível detectar fraude por causa do voto impresso. Foi a primeira vez que a Venezuela adotou o voto impresso. Por que a Venezuela fez isso? Já que o sistema eleitoral dele era exatamente igual ao nosso", disse em outro momento mais à frente. "As eleições na Venezuela usaram no ano passado a emissão de um recibo após cada votação, depositado em uma segunda urna para conferência posterior. A oposição, no entanto, usou os boletins de urna, que existem no Brasil, para contestar o resultado favorável ao ditador Nicolás Maduro", completou.

Ao criticar o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte, Bolsonaro disse que o magistrado "quer botar 30 [anos de cadeia] em mim. Se eu tivesse devendo qualquer coisa, eu não estaria aqui. Fui para os Estados Unidos graças a Deus porque, se tivesse aqui em 8 de janeiro, estaria preso ou morto, que é o sonho de alguns, porque preso eu vou dar trabalho", declarou o ex-mandatário, de acordo com a Folha de S.Paulo. Em outro momento, questionou: "Eu sou golpista? [Em] 8 de janeiro estava nos Estados Unidos. Uma das cinco acusações é destruição de patrimônio. Só se for por telepatia".

A denúncia acolhida pelo STF também abrange outros sete aliados de Bolsonaro e representa um passo decisivo rumo ao julgamento de mérito, que a Corte pretende realizar ainda em 2025. 

O STF deve agora definir o calendário da instrução processual, colhendo depoimentos e provas para embasar o julgamento final. 

FONTE: BRASIL 247 -c/adaptações  26/03/2025 19h:54

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