quinta-feira, 27 de março de 2025

Ex-assistente de palco do The Noite acusa Otávio Mesquita de estupro

                                               foto:reprodução


A comediante Juliana Oliveira registrou uma representação criminal no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra o apresentador Otávio Mesquita, acusando-o de estupro durante a gravação do programa The Noite, exibido no SBT, onde ela trabalhou como assistente de palco e produtora até o ano passado. As informações foram divulgadas pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.

De acordo com a denúncia, durante as filmagens do episódio transmitido em 25 de abril de 2016, Mesquita teria tocado nas partes íntimas de Juliana, apesar dela demonstrar resistência e tentar se afastar.

A acusação é de que esses atos configuram estupro, pois, segundo o advogado de Juliana, Hédio Silva Jr., a lei penal considera como crime a prática de atos libidinosos por meio de violência, mesmo sem penetração.

Otávio Mesquita negou estupro


Em resposta ao contato da Folha de São Paulo, Otávio Mesquita negou as acusações, alegando que tudo não passou de uma brincadeira combinada entre ele e Juliana antes das gravações. Ele afirmou que, se a comediante não tivesse se sentido à vontade, poderia ter solicitado ao SBT que o programa não fosse exibido.

Mesquita também disse que, como a gravação foi realizada em 2016 e Juliana só fez a denúncia após ser demitida em 2025, a acusação estaria relacionada a um ressentimento pessoal. Além disso, ele ressaltou que sua ex-mulher e filho estavam presentes na plateia na ocasião e reforçou que tomará medidas legais contra Juliana por danos à sua imagem.

“É um absurdo [essa acusação]. Aquilo foi gravado. Ela demorou nove anos e só fez isso agora porque foi demitida e está chateada. A minha ex-mulher e o meu filho estavam lá na plateia. Não houve um estupro. Foi uma brincadeira”, disse o apresentador.

Entenda

O crime teria ocorrido logo nos primeiros minutos do programa. Convidado especial da atração, Otávio Mesquita entrou no palco de maneira inusitada, suspenso por cabos e de ponta-cabeça, ao som da trilha sonora do Batman.

No momento em que Juliana Oliveira se aproximou para ajudá-lo a remover os equipamentos de segurança, ele toca nos seios dela e, segundo a denúncia, também na região genital. Em seguida, ao desvirar sua posição, ele a prendeu com as pernas e simulou uma relação sexual.

Após se levantar, Mesquita abraça Juliana, a empurrado sobre o sofá e repetido gestos que sugeriam um ato sexual, em um episódio que durou aproximadamente três minutos. Durante a cena, Danilo Gentili comentou: “Juliana está fazendo cara feia, mas eu sei que ela gostou.”

Em outro momento, o próprio Mesquita afirmou: “Eu vou falar uma coisa para você que na sua história, fora os seus namorados, ninguém fez. Sem querer, eu dei uma apertada nas peitocas dela… ‘é durinho’, ‘é durinho’.”

Os advogados da ex-assistente de palco sustentam que as imagens comprovam o uso de força física, uma vez que Juliana teria reagido tentando se desvencilhar, desferindo tapas e chutes.

“Essa resistência reforça a ausência de consentimento e elimina qualquer dúvida sobre a configuração do crime”, argumentam os advogados Hédio Silva Jr. e Silvia Souza na representação. Além disso, eles destacam que a exibição do ocorrido em rede nacional intensificou a humilhação e o impacto à dignidade da vítima.

FONTE: FABIA OLIVEIRA/METROPOLES - 27/03/2025


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