foto:reprodução/Samuel ReisqMetrópoles
O governo brasileiro comunicou, nesta quarta-feira (16/7), que já enviou uma carta à Casa Branca cobrando respostas para avançar nas negociações com os norte-americanos no âmbito da imposição de tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras.
A carta, enviada nessa terça-feira (15/7), foi assinada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. O texto é endereçado ao secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e ao representante de Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer.
A mensagem é dividida em cinco termos. Em um deles, o governo brasileiro manifesta “indignação” com o anúncio das tarifas unilaterais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“A imposição das tarifas terá impacto muito negativo em setores importantes de ambas as economias, colocando em risco uma parceria econômica historicamente forte e profunda entre nossos países”, destacaram Alckmin e Vieira, reforçando a relação de 200 anos entre os dois países.
No dia anterior, Alckmin confirmou que o governo brasileiro enviou uma “minuta confidencial de proposta” aos EUA. Na nova carta, o governo brasileiro diz que apresentou possíveis áreas de negociação para explorar “soluções mutuamente acordadas”.
“Com base nessas considerações e à luz da urgência do tema, o Governo do Brasil reitera seu interesse em receber comentários do governo dos EUA sobre a proposta brasileira”, diz trecho do texto.
O governo federal reforçou que “permanece pronto para dialogar com as autoridades americanas e negociar uma solução mutuamente aceitável sobre os aspectos comerciais da agenda bilateral, com o objetivo de preservar e aprofundar o relacionamento histórico entre os dois países e mitigar os impactos negativos da elevação de tarifas em nosso comércio bilateral”.
Reuniões com setores
Durante essa terça-feira, a cúpula do Planalto se reuniu com representantes dos setores da indústria e do agronegócio para buscar soluções ao tarifaço imposto pelo governo de Donald Trump contra as exportações brasileiras.
Ao fim da roda de conversas, ficou decidido que a ideia não é pedir que o prazo seja estendido, mas procurar reverter a sanção comercial até 31 de julho. Para isso, Alckmin conta com a ajuda dos setores na interlocução com os parceiros nos EUA.
Fonte: Metrópoles 16/07/2025
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