Os professores estão acampados em frente a AL do Estado-Foto:reprodução
Em greve há 26 dias, com salários cortados e cartão Credicesta
bloqueado por decisão judicial, os professores da rede estadual de
ensino voltaram a se reunir na manhã desta segunda-feira (7), na
Assembleia Legislativa da Bahia. Docentes de outros municípios do estado
também compareceram ao local com caravanas de São Gonçalo, Irará,
Ipirá, Feira de Santana, Sapeaçu, entre outros. A ilegalidade da greve
foi decretada pela justiça e multa diária de R$ 50 mil foi imposta à
categoria. Ao todo, mais de um milhão de estudantes estão sem aulas.
O grupo planeja, para esta terça-feira (8), um protesto com
panfletagem na região do Iguatemi. A categoria reforça que não há
previsão de retorno às aulas até que o piso nacional seja de fato
concedido.
O governo alega não ter recursos para pagar 22,22% de reajuste a
todos os professores do Estado e veicula propaganda na TV afirmando que
as negociações estão abertas, desde que a greve seja finalizada.
Procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação não passou
informações atualizadas sobre negociação com os professores.
Segundo o presidente da Associação dos Professores Licenciados da
Bahia (APLB), Rui Oliveira, os professores grevistas querem o
cumprimento de uma promessa, acordada entre o governo e os professores
no ano passado, de reajuste nos salários da categoria.
Obrigado a cumprir o piso nacional determinado pelo MEC (R$ 1.451),
porém, o governo concedeu reajuste maior (22,22%) aos professores sem
curso superior, que ganhavam menos que o piso. Os que têm nível superior
receberam apenas o reajuste que abrangeu todo o resto do funcionalismo
público do Estado, 6,5%.
Fonte:Redação de atardeonline/reprodução
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