Presidente Dilma em Salvador -foto:Marcelo Machado/ag.Haak/Bn /reprodução
Ao comparar manifestações populares que se multiplicaram pelo
Brasil nas últimas três semanas à Primavera Árabe, a presidente Dilma
Rousseff afirmou que “lá, estavam lutando contra a ditadura e por
democracia” e “aqui, nós temos democracia e somos capazes de ouvir a
voz das ruas”. Em seu pronunciamento durante a cerimônia de lançamento
do Plano Safra para convivência com o Semiárido, realizada nesta
quinta-feira (4), no Centro de Convenções da Bahia, a chefe do
Executivo voltou a fazer referência a um período da história do país em
que a liberdade de expressão estava ameaçada ou não existia. Dilma
ressaltou ainda que o Brasil não sofre com divisões religiosas ou
étnicas que possam gerar conflitos, ao contrário de alguns países
árabes. A líder nacional disse também que “as manifestações aqui são
por mais direitos” e não “por perdas de direitos”, como nos Estados
Unidos e em países da Europa.
Na longa cerimônia, que durou mais de
três horas, a presidente teve tempo para fazer outras analogias, uma
delas entre a seca na região Nordeste e o inverno rigoroso em alguns
países europeus, com a ressalva de “é possível conviver” com a estiagem
no território nordestino. “É preciso determinação e ação conjunta. Nós
vimos que era necessária uma ação emergencial para enfrentar a seca,
mas mais importante é saber que é possível estruturar uma política de
combate”, disse Dilma, que não teve o governador de Pernambuco, Eduardo
Campos (PSB), na plateia. O pré-candidato do PSB à sucessão
presidencial deixou o Centro de Convenções da Bahia antes do discurso
da atual mandatária. Ele tinha “uma inauguração em Recife”, conforme
esclareceu a própria Dilma.
FonteBN/reprodução
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