Foto:ABr/reprodução
A Bahia é o 9º estado onde jovens negros são mais vulneráveis à
violência, de acordo com relatório divulgado nesta quinta-feira (7) pela
Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República. Na
escala, a vulnerabilidade do estado baiano é considerada "alta". De
acordo com o G1, em 2012 o risco de homicídios de jovens negros em
relação a brancos era estimado em 3,54.
O levantamento recente aponta
que em todos os estados brasileiros, exceto no Paraná, os negros
(inclusos pretos e pardos, com idade entre 12 e 29 anos) correm mais
risco de exposição à violência do que brancos (inclusos brancos e
amarelos) da mesma faixa etária.
O destaque é para o estado de Alagoas,
com vulnerabilidade "muito alta", seguido de Paraíba, Pernambuco e Ceará
- todos com a mesma classificação. São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Minas Gerais e o Distrito Federal registram menor índice de
risco para os jovens negros. Levando em conta somente o critério de
homicídios, a Paraíba é o estado com maior risco relativo aos jovens
negros. No estado, um jovem negro tem 13,4 vezes mais chance de ser
assassinado do que um jovem branco.
Pernambuco possui a segunda maior
taxa (11,57). O Nordeste é a região com maior distância entre a taxa de
homicídios de jovens negros e brancos.
Em 2012, foram assassinados 87
negros para cada grupo de 100 mil jovens negros na região, contra 17,4
jovens brancos para cada grupo de 100 mil jovens brancos. O Sudeste tem a
menor taxa de homicídios de jovens negros. Ainda assim, ela é 49,1%
superior à taxa de homicídios entre jovens brancos. O Piauí foi o estado
em que o índice mais cresceu (25,9% de 2007 a 2012).
O Rio de Janeiro
teve a maior queda - 43,3%. De acordo com o G1, os dados de homicídios
foram obtidos no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do
Ministério da Saúde.
Os dados do relatório fazem parte do Índice de
Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade Racial 2014,
elaborado em parceria da Secretaria Nacional de Juventude da Presidência
da República, Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Ministério da
Justiça e o escritório da Unesco (Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura) no Brasil. Os dados utilizados são de
2012.
Fonte:BN
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