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A desfiliação da senadora Marta
Suplicy do PT e o anúncio precoce de que ela será candidata à Prefeitura
de São Paulo pelo PSB levaram os partidos a antecipar seus cronogramas
para a disputa eleitoral na capital em 2016.
Dezoito meses
antes da realização do 1.º turno, o PSDB e o PRB de Celso Russomanno já
competem com o PSB pela busca de apoios e o protagonismo do sentimento
de antipetismo.
Os partidos apostam no isolamento do prefeito Fernando Haddad
(PT) e acreditam que ele “pagará a fatura” política das manifestações
anti-Dilma Rousseff de março e abril. Foi na capital que os protestos
tiveram o seu epicentro.
Os tucanos decidiram que o candidato
da legenda será definido no segundo semestre, e não seis meses antes da
eleição, como costuma acontecer. Dirigentes do PSDB e aliados do
governador paulista dizem que pela primeira vez desde 2000 o candidato
não será Geraldo Alckmin ou José Serra.
“Perdemos a oportunidade
criar novas lideranças, por isso precisamos de mais tempo para
consolidar um nome diferente no eleitorado”, diz o vereador Mário Covas
Neto, até o momento o candidato único para assumir a presidência do PSDB
paulistano. A eleição para o diretório municipal será em maio.
‘Renovação’.
Quem aparece como favorito para representar a “renovação” do partido na
campanha de 2016 é o vereador Andrea Matarazzo. Ele recebeu o apoio do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e dos senadores José Serra e
Aloysio Nunes Ferreira.
“A expectativa da entrada da Marta na
disputa levou o Haddad a mover suas peças e a trazer o (Gabriel) Chalita
(secretário municipal da Educação) e o (Eduardo) Suplicy (secretário
municipal de Direitos Humanos) para o governo”, diz Matarazzo.
O
PSB já articula o palanque de Marta. Segundo o presidente nacional da
legenda, Carlos Siqueira, a candidatura da senadora na capital foi
consensual no PPS, que se fundirá com a sigla.
Para garantir um
bom tempo na TV, os pessebistas disputam com Celso Russomanno (PRB) o
apoio do Solidariedade, partido ligado à Força Sindical e com grande
poder de mobilização.
A estratégia do PSB é explorar o
antipetismo para conseguir angariar apoio na classe média. A senadora
conta com forte base nas periferias da cidade, mas é vista com
desconfiança pelo eleitor mais conservador.
O PT tenta minimizar o
impacto da entrada de Marta na disputa, mas já esboçou uma estratégia
para tentar neutralizar o discurso da ex-filiada: despersonificar a
gestão dela à frente da prefeitura. “As conquistas são nossas, do PT.
Não há política pessoal”, afirma o vereador Paulo Fiorillo, presidente
do PT paulistano.
Fonte:Estadão
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