O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve a decisão do
governo estadual de cortar o ponto dos professores que estão em greve. O
TJ indeferiu recurso do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do
Estado de São Paulo (Apeoesp) que pedia a suspensão da medida. Os
docentes tiveram o primeiro desconto no holerite de maio, referente às
faltas desde o dia 13 de abril, quando a greve teve início.
Desde o início de maio, os docentes já começaram a notar os descontos em
seus demonstrativos de pagamento. É o caso do professor Rafael
Fernandes, que dá expediente na Escola Estadual Carlos Augusto de
Freitas Villalva Junior. O docente, que recebe R$ 2500, foi informado no
demonstrativo de que receberá apenas R$ 914,89. As faltas somaram R$
1.417,75. O professor Thiago Ribeiro, da Escola Estadual Maria Augusta
de Moraes Neve, também foi surpreendido pelos descontos.
"Estou
há 52 dias em greve e mesmo sem nenhuma liminar, meu ponto foi cortado",
reclamou. Pelo mês, o docente recebeu R$ 641,60. Mesmo com um corte de
mais de 50% do salário, a professora Camila Halite diz que continua fora
da escola. "Permanecerei até o fim na greve".
Mas nem todos
optaram por continuar a paralisação. A professora de História Adriana
Zenezi aderiu à greve desde o início, mas retomou há poucos dias o
expediente na Escola Estadual Cônego João Ligabue, contrariada. Ela
afirmou que no início de abril os professores receberam um aviso de que
teriam todas as faltas contadas. "Vão descontar as faltas de março e
abril em maio e junho. Não sei nem quanto eu vou receber", disse.
Fonte:Uol
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