sexta-feira, 30 de setembro de 2016

PF combate crimes eleitorais em Feira


 Polícia Federal combate crimes eleitorais em Feira de Santana
foto:Ney Silva/acordacidade


A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (30), a Operação Simão, que visa coibir crimes eleitorais que estavam ocorrendo no município de Feira de Santana, na campanha para o pleito do próximo domingo. De acordo com a assessoria de comunicação da PF, aproximadamente 40 Policiais Federais cumprem nove mandados de condução coercitiva e oito de busca e apreensão na cidade.

A polícia continua com as investigações e entre os conduzidos para prestar esclarecimentos estão o candidato a vereador pastor Pedro (PSC), da Igreja Quadrangular, e o vereador candidato à reeleição Wellington Andrade (PSDB). A Polícia Federal não divulga nomes de envolvidos. 

As investigações iniciaram há cerca de um mês, a partir de requisição do Ministério Público Eleitoral, que noticiou haver informes da captação ilícita de votos por parte de um candidato a vereador vinculado a uma igreja evangélica. 

Segundo a denúncia, o candidato e o grupo a ele vinculado estariam cadastrando eleitores fiéis da igreja, com a promessa de abençoá-los, e “amaldiçoavam” aqueles que se recusavam a fornecer seus dados constantes do título eleitoral.

Durante as investigações constatou-se, segundo a Polícia Federal, que a prática ia bem além do cadastramento de eleitores e a promessa de bênção ou maldição. "A mesma incluía também a distribuição de gêneros alimentícios em comunidades carentes, a fim de arregimentar eleitores, chegando-se, ainda, à identificação de um esquema de favorecimento na marcação de exames e consultas médicas pelo SUS àqueles que prometiam seu voto ao candidato. 

Também foi  identificada a prática da venda de votos em lote por parte de uma liderança comunitária local, fato este envolvendo outro candidato à Câmara Municipal", informou a assessoria de comunicação da PF.

egundo a PF, os investigados responderão pelos crimes previstos nos artigos 299 e 334 do Código Eleitoral, que preveem penas de prisão, multa, e até mesmo cassação dos registros de candidatura. O nome da operação, “Simão”, vem do codinome utilizado pelos policiais para se referir ao principal investigado, uma referência ao Apóstolo de Jesus Cristo. 

Fonte:Acordacidade

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