
foto: reprodução/facebook arquivo pessoal
Um jovem morre na segunda-feira (28),
após passar por um procedimento cirúrgico considerado simples no
município de Irecê, no sertão da Bahia, e a mulher de Romilson Lima de
Araújo, 24 anos, conhecido como Erick, acusa a Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) do município de negligência.
Ao BNews, Natália
Oliveira contou que ficou mais de uma semana indo para a UPA com o
marido sem que os médicos descobrissem o que ele tinha e, mesmo pedindo
um encaminhamento para o Hospital Regional, os profissionais se negaram a
transferir o jovem.
Como as dores persistiam, Natália afirmou
que voltou à UPA com o marido na quinta-feira e, mais uma vez, o médico
passou uma medicação e mandou o jovem de volta pra casa. "Passou o
final de semana e Erick continuou sentindo dor, na segunda, dia 21,
voltamos novamente na UPA, ficou de observação o dia inteiro e depois
foi liberado mesmo sentindo dor".
À reportagem, Natália afirmou que a irmã
do marido começou a desconfiar que ele estivesse com apendicite, pois
afirmou que procurou na internet pelos sintomas. Ela contou que vários
amigos também começaram a dizer que os sintomas dele era da doença, mas
os médicos afirmavam que se tratava de gases. Natália disse que pretende
processar a UPA e um médico em especial, o que atendeu o marido na
segunda-feira. Ela contou que entrou com o Erick no consultório e pediu o
encaminhamento para o hospital, pois desconfiava que fosse apendicite.
"Ele olhou o exame e disse que não tinha dado nada. Ainda pedi para
fazer outra ultrassonografia, mas ele disse que não precisava. Ele olhou
pra minha cara e disse que o que Erick tinha não era motivo de ir para o
regional, pois para o hospital só era o caso de ataque cardíaco ou
convulsão".
Com o passar dos dias, Erick piorou e
começou a vomitar, ter febre e muita dor na costas. Só na terça-feira
(22), após mais de uma semana indo e voltando da unidade de saúde, que
um médico o encaminhou para o hospital e o jovem foi internado. No dia
seguinte, fez tomografia e outros exames e foi detectado que o apêndice
estava inflamado e precisaria passar por uma cirurgia. "O médico disse
que era uma cirurgia simples e que a família poderia ficar tranquila”.
Na mesma noite Erick foi encaminhado para o centro cirúrgico.
Natália disse que esperou mais de 12
horas para ter informação sobre a cirurgia. O médico contou que houve
uma complicação e que, por causa da demora no diagnóstico, a situação
acabou se complicando e o marido foi para a semi-UTI. No decorrer do
dia, Erick teve uma febre persistente e, no domingo, precisou abrir
novamente o local para fazer uma limpeza, mas teve uma infecção e entrou
em coma. Na segunda-feira (28), ele acabou falecendo.
Natália não se conforma com a demora do
diagnóstico e com a negligência dos médicos, já que o marido passou mais
de uma semana procurando atendimento na UPA e não foi encaminhado para o
hospital.
Erick, que era operador de máquina, deixa uma filha de dois anos.
fonte:Bocão News - acesso a 21:35 do dia 28/08/17
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