quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Salvador: 'Esperava mais grandeza', diz candidata do PC do B sobre apoio do Gov. Rui Costa

                                        foto:reprodução/facebook

 “Eu esperava mais grandeza em uma disputa como esta”. Assim a candidata Olívia (PCdoB), em entrevista ao Bahia Notícias nesta terça-feira (3), avaliou o comportamento quase exclusivo de apoio do governador Rui Costa (PT) à candidata do Partido dos Trabalhadores, apesar de sua  proposta também integrar a base do petista. Para Olívia, concentrar o capital simbólico e eleitoral do governador a apenas um candidato “é uma perda de oportunidade de estar junto, de chegar junto, de liderar com grandeza todo esse campo”.  

 

Apesar do aparente desapontamento, Olívia diz não se “intimidar”. “E eu estou ali no meio, abrindo meu caminho, metendo o cotovelo e abrindo caminho. Eu acredito que política não pode ser definida apenas por máquina e por dinheiro”, enfatiza. 

 

Sexta candidata à prefeitura de Salvador a passar pela sabatina do Bahia Notícias, Olívia elegeu a “experiência” como uma das principais características necessárias ao novo gestor da capital baiana. Descreve ainda propostas para a educação, a qual compreende como a necessidade de ser “integrada” com o esporte e a cultura, e para a saúde, área que revela interesse em garantir “100% de atenção básica”, além da implementação de um sistema digital que facilite o acesso também a especialidades. Descreve ainda como pretende priorizar a juventude negra, “principal alvo” de seu projeto, em suas palavras. 

 

Durante a entrevista, a candidata ainda falou sobre a tendência que vem se evidenciando no período eleitoral de aproximá-la na candidata petista, Major Denice, como se disputassem o mesmo eleitorado e fosse permeadas por similaridades. Para Olívia, esse é um traço do racismo. 

 

“Para sustentar o sistema é preciso restringir os nossos espaços. Eu tenho respeito a Major Denice, mas o fato de sermos duas mulheres negras não significa que somos a mesma pessoa ou que somos iguais”, destaca. 

 

“Essa questão de querer espelhar, e vejo que a campanha até faz isso, esses truques de marketing que alimentam essa ideia exatamente para confundir. Acho isso desonesto porque penso que eleição a gente tem que apostar bastante na verdade. Cada um capitalizar o seu quinhão a sua trajetória real, a sua história de vida e suas propostas. Jogar na confusão é alimentar a fogueira do racismo”, completa. 



fonte: BN c/adaptações 04/11/2020

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