A chuva registrada em Salvador, neste fim de semana, superou a média do que era esperado para o mês de dezembro inteiro. Segundo a Defesa Civil (Codesal), em dois dias choveu cerca de 30% a mais que a média de 58,1 mm, comum para essa época do ano. A previsão para os próximos dias ainda é de chuva.
Os episódios de relâmpagos e trovões que assustaram os moradores na manhã deste domingo (5) devem se repetir na segunda-feira (6). Nas últimas 48 horas, os acumulados de chuvas em Salvador foram de 75 mm, medidos pelo pluviômetro de referência em Ondina, ou seja, 29,08% acima do normal.
A Codesal recebeu 31 solicitações até às 17h deste domingo. Foram dois alagamentos de imóvel, três ameaças de desabamento, nove ameaças de deslizamento, uma árvore ameaçando cair, quatro avaliações de imóvel alagado, um desabamento de muro, dois desabamentos parciais, cinco deslizamentos de terra, um incêndio e três infiltrações.
Em alguns bairros, ruas ficaram alagadas e dois homens foram arrastados por um córrego no Lucaia. Um deles morreu e o outro está desaparecido. Segundo testemunhas, Aílton Costa e Jonathan Costa, tio e sobrinho, estavam voltando de uma UPA quando viram um cachorro se afogando e tentaram ajudar. Os dois foram arrastados para dentro da tubulação. O corpo de Jonathan foi encontrado, horas depois, na praia do Rio Vermelho.
O mau tempo está sendo provocado pela formação de áreas de instabilidade associadas a um cavado sobre oceano Atlântico e no leste do Nordeste. À tarde, as precipitações perderam a intensidade, embora a tendência é de que voltem a ocorrer na segunda (6). O cavado é o nome técnico que se dá a uma região na atmosfera onde ocorre uma ondulação no sentido horário do fluxo de ventos e uma tendência à queda da pressão atmosférica.
As Normais Climatológicas são médias de parâmetros meteorológicos computadas em um período de 30 anos consecutivos, obedecendo a critérios recomendados pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM). No caso de Salvador, este padrão é determinado por medições realizadas nos últimos 30 anos pelo pluviômetro de Ondina, do Inmet, então o único existente na cidade.
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