sábado, 11 de dezembro de 2021

“passando a boiada”: Garimpo ilegal de ouro avança e contamina água e solo na Amazônia

Dando prosseguimento a política do governo Bolsonaro de “passar a boiada”, o garimpo ilegal de ouro na Terra Indígena Sararé, que fica entre Pontes e Lacerda (MT), avançou nos últimos anos e isso pode alterar o ecossistema local.

Atualmente existem três garimpos ilegais na região e que tem trazido danos ao meio ambiente. Além de produzir desmatamento, a ação polui o solo e a água dos rios.

Em entrevista ao G1, a pesquisadora Áurea Ignácio, da Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat), afirma que a contaminação pode alterar o processo de reprodução dos peixes;

“Contamina a água, contamina o solo, contamina o sedimento, contamina os peixes e quem comer o peixe acaba se contaminando, pode alterar o processo reprodutivo, pode alterar o processo respiratório, são diferentes e bem prejudiciais os efeitos do mercúrio”, explicou a pesquisadora.

Hoje, aproximadamente 180 indígenas da etnia Nambikwara vivem na Terra Indígena Sararé.

Antes dos garimpeiros iniciares as atividades ilegais, a área foi cercada e os acessos bloqueados.

Ao longo desta semana, a Polícia Federal deflagrou uma operação contra os garimpos ilegais na região.

“Tudo que afeta esse meio ambiente, que afeta o rio, a natureza, afeta diretamente o povo indígena que depende dela. Os donos das máquinas vão responder por desmatamento, mineração ilegal e usurpação de bens da união e em alguns casos, também por posse ilegal de arma e organização criminosa”, declarou Edimar Kejejeu, da Federação dos Povos Indígenas de Mato Grosso.


Fonte:Revista Fórum - 11/12/2021 Com  adaptações e  G1


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