quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Rio: Jornal Nacional revela novos indícios que ex de Bolsonaro lavou dinheiro de rachadinha de Carlos Bolsonaro

Ana Cristina Valle com Jair, Carlos e Renan Bolsonaro (Montagem)


Uma longa reportagem no Jornal Nacional desta terça-feira (7) revelou novos indícios de que Ana Cristina Valle, ex-mulher “02” de Jair Bolsonaro (PL), lavava dinheiro de corrupção no esquema de rachadinha que ela mesmo teria implantado no gabinete de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Câmara Municipal do Rio.

Além do esquema das rachadinhas no gabinete do filho de Bolsonaro, Ana Cristina também é suspeita de monstar um esquema de fraude no DPVAT, seguro para indenização em acidentes de trânsito.

Investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro mostra que Ana Cristina atuava como advogada nos processos sobre o DPVAT para lavar dinheiro do gabinete de Carlos Bolsonaro.

Na reportagem, os promotores identificaram que Ana Cristina foi sócia de um escritório de advocacia, o Valle Ana Advogados, e de duas empresas de seguros na época em que era chefe de gabinete de Carlos.

A ex de Bolsonaro tinha como sócia no escritório Lidiane Castro Morgado, mulher de Marcelo Morgado, dono de funerária investigado por fraudes no DPVAT.

No esquema, Marcelo Morgado adiantaria parte do seguro do DPVAT para se tornar procurador das vítimas de acidentes de trânsito. Com a procuração, ele embolsava a maior parte do dinheiro destinado às famílias das vítimas.

“Ele que pegava, ele que acionava as famílias, né, quando tinha, havia o acidente. Ele chegava no ato, acionava as famílias, oferecia todo o custo, né, para o funeral, todo o traslado, né. Mas só que isso aí tudo era superfaturado, entendeu? Era floricultura, para funerária, inclusive porque tudo pertencia ao pai dele”, contou Marcelo Luis Nogueira dos Santos, que foi nomeado entre 2003 e 2007 no gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro e trabalhava como funcionário doméstico de Ana Cristina.

O “Jornal Nacional” também identificou que Ana Cristina atuou como advogada em pelo menos 54 processos cíveis envolvendo indenizações por acidentes de trânsito entre 2007 e 2010, dos quais 37 casos correram na Justiça do Rio Grande do Sul.

Fonte:Revista Fórum - 08/12/2021

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