Investigado pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, na última sexta-feira (8), Marcos Paccola (Republicanos-MT) foi registrado defendendo que a postura de atirar pelas costas não é errado. A posição do vereador de Cuiabá foi sustentada durante um curso, em 2019, de defesa pessoal para servidores do Judiciário de Mato Grosso.
O vídeo da afirmação do vereador circula pelas redes sociais. No período, Marcos explica como lidar com uma pessoa armada em atitude suspeita.
“Por mais treinamento que eu tenha, não vai dar tempo. Então, se ele chegar [dizendo] ‘perdeu’ não vou entrar numa situação com ele, achando que vou conseguir desviar e fazer um ‘matrix’. Se estou em uma situação e ele está de costas, esse elemento está armado, ou você não saca ou se você sacar atira até o alvo cair. E quantos tiros eu dou? Até cair”, disse.regastir na Exibição
O modo como Paccola ensinou aos servidores é parecido com a atitude tomada pelo vereador na última sexta-feira, quando atirou em Alexandre Miyagawa, que estava armado, mas estava de costas para parlamentar. A namorada da vítima estava ao lado e viu o companheiro morrer no local.
Ao jornal O Globo, a assessoria do vereador informou que essa instrução foi específica para os magistrados que faziam o curso e que o contexto da orientação é em caso de assalto, quando o criminoso representa ameaça à vítima.
Motivação para o disparo
De acordo com o vereador, após a morte do servidor público, a justificativa para o disparo pelas costas foi que ele teria sido informado sobre uma possível ameaça de morte. Marcos disse que um homem armado estaria tentando matar uma mulher. Dessa forma, ao chegar no local, o parlamentar pediu para que Miyagawa soltasse a arma, mas a vítima reagiu.
Além das imagens de uma câmera de segurança, Janaina Sá, a namorada do agente penitenciário nega a versão do vereador. Ela inclusive gravou vídeos no Instagram para dizer que não sofria ameaça.
Marcos foi à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na sexta, para prestar depoimento. Na sequência, ele foi liberado.
Fonte:ISTOÉ - 09/07/2022
0 comentários:
Postar um comentário