Em resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF), os advogados do X (Twitter) afirmaram que investigados pela Corte que tiveram seus perfis suspensos por ordem judicial usaram a ferramenta "spaces" para burlar as restrições impostas. Com isso, os usuários conseguiram compartilhar conteúdo para usuários brasileiros.
A ferramenta reúne um espaço on-line em que é possível transmitir áudio ao vivo, realizando debates, comentários, e os demais internautas que estão na plataforma podem entrar nas salas virtuais como ouvintes. Não existe um limite de participantes definido pelo X durante as transmissões.
- Por meio da plataforma, o blogueiro Alan dos Santos, um dos investigados, conseguiu realizar uma transmissão para usuários brasileiros. Os perfis suspensos por ordem do Supremo ficam no ar apenas fora do Brasil, sendo restringidos em território nacional, ou por meio de aplicativos de rede privada virtual (VPN).
- De acordo com o X, das mais de 200 contas com ordem de bloqueio, apenas seis conseguiram burlar as decisões. "Estes indivíduos, após terem as suas contas bloqueadas, adotaram diferentes estratégias para desafiar a ordem de bloqueio e, também, as regras das plataformas, por meio da criação de novas contas e da exploração de vulnerabilidades sistêmicas para perpetuar as suas atividades. A título exemplificativo, o investigado ALLAN DOS SANTOS, mencionado no Relatório, é um dos que ilustra a complexidade de se manter a plataforma segura frente a ameaças constantes e evolutivas. Desde o primeiro bloqueio da @tercalivre na plataforma X, ALLAN DOS SANTOS criou outras 9 contas3 , todas subsequentemente bloqueadas pelas Operadoras do X, seja em cumprimento às novas ordens judiciais ou em razão de violações às políticas da plataforma. Além de Alan dos Santos, também violaram os bloqueios as contas @RConstantino, @realpfigueiredo, @eustaquiojor, @marcosdoval, @allanldsantos e @tercalivre”.
Na peça enviada ao Supremo, o X informou que vai bloquear a ferramenta "spaces" no Brasil todas as vezes em que esses usuários estiverem falando.
Fonte: CORREIO BRAZILIENSE - 27/04/2024
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