segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Cúpula de Elmar no União Brasil rechaça Caiado e recusa convite de lançamento de candidatura em Salvador

                                            Foto:reprodução


O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) vem encontrando dificuldades em busca da unanimidade em torno de seu nome como candidato do União Brasil na corrida presidencial em 2026. Uma das lideranças do partido, o deputado federal Elmar Nascimento, teria recusado o convite de Caiado para o lançamento de sua candidatura, que ocorrerá no dia 4 de abril, no Centro de Convenções de Salvador. 

Conforme apuração da CNN, cúpulas do União Brasil, lideradas por Elmar e pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, são contra a movimentação por acreditarem que a candidatura seria “antecipada demais”. Os líderes acreditam que o movimento pode afastar a possibilidade do União Brasil conquistar mais ministérios dentro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

Atualmente, o União Brasil comanda as pastas de Comunicações, Turismo e Integração Nacional. Caiado, no entanto, conta com o apoio do ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do partido, ACM Neto, que defende uma candidatura própria da legenda para a disputa presidencial em 2026.

 

OVERCLEAN


Segundo publicação da CNN, uma das preocupações de Elmar com o lançamento da candidatura de Caiado em Salvador seria colocar a Bahia novamente como holofote dentro da política. O deputado é citado nas investigações da Operação Overclean, que apura desvios em contratos milionários bancados com emendas.

 

A investigação teve início a partir de uma notícia-crime da Controladoria-Regional da União no Estado da Bahia (CGU) sobre irregularidades em contratos entre o órgão e a empresa Allpha Pavimentações e Serviços de Construções Ltda.

 

Entre os alvos da operação estão empresários, servidores e ex-dirigentes de órgãos públicos. Segundo decisão da Justiça Federal, obtida pelo Bahia Notícias, a organização criminosa atuava fraudando e direcionando procedimentos licitatórios em favor das empresas controladas por seus líderes, alvos da ação da PF, utilizando empresas fantasmas, superfaturamento de contratos e pagamento de propinas a servidores públicos.
 

 

A decisão do juiz Federal Fábio Moreira Ramiro, da 2ª Vara Federal Criminal de Salvador, aponta que o esquema criminoso não se limitou aos contratos firmados no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e que o grupo criminoso, através de operadores centrais e regionais, cooptou servidores públicos a fim de obter diversas vantagens, seja no direcionamento, seja na execução dos contratos públicos.



Fonte: BN/NOTÍCIAS - 24/02/2025

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