terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

DF: Fraude em licitação: ex-deputado bolsonarista é preso por posse ilegal de arma


                                           foto:reprodução


O ex-deputado distrital Carlos Tabanez foi preso nesta terça-feira (11/2) pela Polícia Federal (PF), em flagrante, por posse ilegal de arma de fogo. Ele estava em posse de dois revólveres calibre 38.

O ex-parlamentar bolsonarista tem um arsenal avaliado em mais de R$ 100 mil, segundo depoimento à Justiça Eleitoral. Ele também é dono de um dos maiores clubes de tiro de Brasília. Tabanez foi alvo de mandado de busca e apreensão em operação da PF que investiga fraude em licitações e contratos públicos.

Arsenal de armas de fogo de Tabanez declarada nas últimas eleições de 2022Arsenal de armas de fogo de Tabanez declarada nas últimas eleições de 2022
Arsenal de armas de fogo de Tabanez declarada nas últimas eleições de 2022

Carlos Tabanez está por trás da R7 Facilities, responsável pela gestão contratual da manutenção da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). A empresa mantém vários contratos com o governo federal, para a prestação de serviços gerais.

O ex-deputado distrital é suspeito de ter agido em conjunto com outras empresas para fraudar licitações. Ele e o advogado da R7 Facilities, Alair Ferraz, são investigados na Operação Dissimulo, deflagrada na manhã desta terça-feira pela PF, em parceria com Controladoria-Geral da União (CGU) e Receita Federal. Ao todo, os agentes cumprem 26 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal. A coluna apurou que oito empresas, incluindo a R7 Facilities, estão sendo investigadas.

 Entenda a investigação que mira ex-deputado

As investigações da PF apontaram que o grupo utilizava “laranjas” como sócios das empresas para ocultar os verdadeiros proprietários. A operação teve início com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada no ano passado. 

 O grupo investigado possui dezenas de contratos vigentes com a Administração Pública, incluindo um contrato com a própria PF, alvo desta investigação.

A PF informou em nota que as investigações tiveram início em abril de 2024 e “indicam que empresas com vínculos societários, familiares e trabalhistas teriam se associado para a prática de fraudes em licitações”. Os investigados teriam, segundo a corporação, “utilizado falsa declaração de dados perante a administração pública para obter benefícios fiscais, garantindo assim vantagem indevida frente a outros concorrentes”.

Fonte: Tacio Lorran/Metrópoles - 

 

 

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