Foto: Divulgação/Fetrab/reprodução
Entre os três pilares essenciais das reivindicações dos servidores públicos do Estado, expostos em reunião na terça-feira (25)
com o secretário de Relações Institucionais (Serin), Josias Gomes, está
o pagamento do reajuste sem a utilização de parcelas, como ocorre nos
últimos anos. “Queremos um repasse inflacionário linear retroativo a
janeiro não queremos mais que divida em parcelas. No ano passado, a
segunda parcela não retroagiu a janeiro”, explica a presidente da
Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab),
Marinalva Nunes. No documento entregue ao secretário, com data de 23 de
dezembro de 2014, também consta o estabelecimento do salário mínimo como
piso para a remuneração do funcionalismo na Bahia.
De acordo com
Marinalva, em torno de 34 mil servidores passam com esse problema, a
exemplo de soldados da Polícia Militar, técnicos de nível médio e
auxiliares, com acúmulo de 63,46% de perda salarial entre 2013 e 2014.
“Para estabelecer o salário mínimo e recuperar as perdas tem que ter um
reajuste de no mínimo de 8,84%”, diz a sindicalista. No caso dos
servidores que recebem acima do salário mínimo, a perda salarial
estimada é 32,46%. Participaram do encontro outras entidades como
Sindpoc (Polícia Civil), Sindisaúde, Sindsefaz e APLB Sindicato
(professores). Os sindicatos propuseram também o cumprimento do piso
nacional do magistério; uma nova sede, com mais infraestrutura, para o
Planserv. Como temas para se “abrir o debate”, estão o déficit
previdenciário e o pagamento da Unidade de Real Valor (URV), referente
às perdas salariais ocorridas com a mudança da moeda em 1994. “Queremos
desmistificar esse tema, a URV não é bicho papão.
O secretário disse que
nas próximas rodadas aprofundaremos a questão. Segundo ele, é decisão
governamental acatar a decisão judicial. Outros estados já resolveram
isso, como Rondônia, Alagoas. A Bahia também resolveu: com a
magistratura, com o Tribunal de Contas, com a Assembleia Legislativa”,
ressaltou. A próxima reunião ainda não tem data marcada para ocorrer,
mas Marinalva se diz otimista. De acordo com a dirigente, o secretário
“foi bastante atencioso, gentil e aderiu à pauta”, e levará o pleito
para análise junto às secretarias da Administração (Saeb) e da Fazenda
(Sefaz).
Fonte:BN
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