O embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis, e sua mulher, Françoise -foto:reprodução
Responsável por investigar o desaparecimento do embaixador da Grécia
no Brasil, Kyriakos Amiridis, o delegado Evaristo Pontes, da DHBF
(Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense), pediu nesta sexta-feira
(30) a prisão temporária da embaixatriz Françoise Amiridis. O policial
militar Sérgio Gomes Moreira Filho e um primo dele, identificado apenas
como Eduardo, já estão presos na delegacia.
A polícia suspeita que os três possam estar envolvidos no desaparecimento.
A principal linha de investigação da polícia é de que o embaixador foi
assassinado, vítima de um crime passional. Segundo depoimento da mulher
do embaixador, Amiridis não é visto desde a noite de segunda-feira (26).
Os três estão na sede da DHBF, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense,
desde a manhã desta sexta. A polícia ainda aguarda a análise do pedido
de prisão contra Françoise. A prisão temporária é válida por cinco dias,
prorrogáveis por mais cinco.
O embaixador, sua mulher e a filha
do casal, de dez anos, moram em Brasília e estavam no Rio passando as
festas de final de ano. No final de semana, foi a Nova Iguaçu com sua
mulher, que tem parentes na cidade.
Os investigadores
encontraram na casa em que o casal estava hospedado um sofá com manchas
de sangue. O móvel foi levado pela madrugada para a delegacia e passou
por perícia.
Na quinta (29), a Polícia Civil encontrou um corpo
carbonizado dentro de um carro cuja placa é a mesma do veículo que havia
sido alugado pelo embaixador. O veículo, um Ford Ka Sedan, foi
localizado nas proximidades do Arco Metropolitano, na altura de Nova
Iguaçu, na Baixada Fluminense.
O carro também estava queimado. O
corpo foi encaminhado para o IML (Instituto de Medicina Legal), onde
passou por perícia para ser identificado.
O resultado ainda não foi divulgado, mas investigadores ouvidos pela reportagem afirmam não ter dúvidas de que se trata do corpo de Kyriakos Amiridis. Um exame completo de DNA pode demorar até 30 dias para ser concluído.
O resultado ainda não foi divulgado, mas investigadores ouvidos pela reportagem afirmam não ter dúvidas de que se trata do corpo de Kyriakos Amiridis. Um exame completo de DNA pode demorar até 30 dias para ser concluído.
Segundo relato obtido pelo UOL
junto a investigadores do caso, o PM disse ter um caso amoroso com
Françoise, que, em depoimento, confirmou a informação, mas negou
envolvimento no crime. Até o momento, os policiais não sabem qual teria
sido a arma utilizada para matar Kyriakos.
Um homem que se identificou como advogado do PM esteve na sede da especializada, mas não conversou com a reportagem.
A mulher do embaixador chegou na DHBF por volta das 10h desta sexta,
acompanhada apenas por um policial civil. No início da tarde, sua mãe e
dois irmãos foram ao local, mas não conseguiram falar com ela, que está
em área restrita do prédio.
No posto desde janeiro deste ano, Kyriakos já foi cônsul-geral da Grécia no Rio de Janeiro de 2001 a 2004. A carreira diplomática começou em 1985, em Atenas, e inclui passagens pela Sérvia, Bélgica, Holanda e Líbia.
No posto desde janeiro deste ano, Kyriakos já foi cônsul-geral da Grécia no Rio de Janeiro de 2001 a 2004. A carreira diplomática começou em 1985, em Atenas, e inclui passagens pela Sérvia, Bélgica, Holanda e Líbia.
fonte:uol
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